A inflação no Brasil desacelerou fortemente em agosto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,36% no mês passado.
Em resumo, esse é o maior recuo para meses de agosto desde 1998. Aliás, a queda do IPCA é a segunda consecutiva e sucede o recuo de 0,68% registrado em julho. No entanto, nem mesmo estas quedas conseguiram eliminar a forte alta de 8,73% acumulada em 12 meses até agosto. A propósito, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Assim como ocorreu em julho, a queda do IPCA em agosto teve um motivo específico: a redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Contudo, a redução do imposto atingiu apenas dois dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Isso quer dizer que os preços dos demais produtos continuaram subindo no país.
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Frutas, verduras e legumes dominam top 10
Segundo os dados do IBGE, cinco dos dez itens que mais subiram em 12 meses foram frutas, verduras ou legumes. Todos estes itens tiveram avanços superior a 47%, com o líder do ranking quase dobrando de preço em um ano.
Veja abaixo os dez itens cujos preços mais subiram em 12 meses:
Cebola: 91,21%
Mamão: 81,83%
Melão: 79,34%
Passagem aérea: 74,94%
Melancia: 61,88%
Leite longa vida: 60,81%
Óleo diesel: 53,16%
Manga: 47,05%
Café moído: 46,34%
Transporte por aplicativo: 43,80%
O IBGE destacou que o preço dos combustíveis despencou 10,82%, no geral, em agosto. O grande destaque deste grupo foi a gasolina, cuj0 litro ficou 11,64% mais barato em relação a julho. Por outro lado, o preço dos alimentos subiu 0,24%, nono mês consecutivo de alta
No acumulado dos últimos 12 meses, os combustíveis estão 7,11% mais baratos no Brasil. Em suma, o grupo vem sendo o grande responsável pela queda da inflação no país.
Contudo, os alimentos têm alta de 13,43% no período, superando em muito a inflação do Brasil (8,73%). Por isso que a maioria dos itens com as maiores altas nesse período, listados acima, são produtos alimentícios.
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