IPCA-15: sem queda da gasolina, inflação teria subido em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, recuou 0,37% em setembro. Isso pode até parecer uma boa notícia para os brasileiros, mas esta deflação só aconteceu graças à gasolina.

Em resumo, o preço do combustível caiu 9,78% neste mês, impactando o IPCA-15 em -0,52 ponto percentual. Aliás, a gasolina exerceu o maior impacto negativo no IPCA-15 dentre os 367 subitens pesquisados pelo IBGE em setembro e teve força para puxar sozinha o índice para o campo negativo.

Vale destacar que, se não fosse a gasolina, o IPCA-15 teria fechado o mês em alta de 0,15%. Isso quer dizer que os brasileiros que utilizam com mais frequência o combustível puderam comemorar a queda em seus preços neste mês.

Por outro lado, as famílias de renda mais baixa, que costumam utilizar bem menos a renda com combustível, não sentiu esse recuo dos preços. Por isso, alguns especialistas dizem que não houve deflação no Brasil, apesar da taxa mensal negativa.

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Inflação x Deflação

A saber, inflação se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços de produtos e serviços. Em contrapartida, deflação representa a queda desses preços, de maneira contínua e generalizada.

De acordo com o IBGE, apenas três grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram taxas negativas em setembro. Esse resultado puxou o IPCA-15 para baixo. Aliás, confira quais foram os grupos:

Comunicação: -2,74%;
Transportes: -2,35%;
Alimentação e bebida: -0,47%.

Contudo, os outros seis grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram aumento nos preços em setembro. Em outras palavras, a maioria das coisas ficou mais cara em relação a agosto, mas o impacto que exerceram no IPCA-15 foi menor.

Veja abaixo os grupos que tiveram taxas positivas:

Vestuário: 1,66%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,94%;
Despesas pessoais: 0,83%;
Habitação: 0,47%;
Artigos de residência: 0,24%;
Educação: 0,12%.

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Em síntese, o grupo transportes teve o maior recuo mensal devido à queda no preço dos combustíveis. Enquanto a gasolina ficou 9,78% mais barata, os preços de outros combustíveis também caíram em setembro: etanol (-10,10%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%).

Já no grupo comunicação, a taxa negativa em setembro veio por causa da queda nos preços dos planos de telefonia fixa (6,58%), de telefonia móvel (-1,36%) e nos pacotes de acesso à internet (-10,57%).

Todos estes recuos foram provocados pela lei federal que limita a alíquota de cobrança do ICMS sobre os seguintes produtos e serviços:

Combustíveis;
Energia elétrica;
Gás natural;
Telecomunicações;
Transporte coletivo.

A saber, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa Selic estável em 13,75% ao ano na semana passada. Nesta terça-feira (27), a ata desta reunião do Copom revelou que o BC decidiu interromper o ciclo de aumentos, iniciado em março de 2021, por “cautela”.

Segundo o BC, o aumento dos juros não conseguiu derrubar a inflação da maneira esperada pela entidade financeira. Contudo, o BC decidiu manter a taxa de juros estável para analisar o cenário econômico do país. E, caso seja necessário, voltará a aumentar os juros no Brasil.

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