O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,68% em julho deste ano. O recuo mensal foi o mais expressivo desde janeiro de 1980, quando a série histórica teve início.
Com o acréscimo desse resultado, a variação acumulada nos últimos 12 meses teve forte desaceleração de 11,89% para 10,07%. Isso mostra que o indicador teve fortes altas no último ano, e precisa desacelerar ainda mais para a taxa anual cair. A propósito, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (9).
A saber, o recuo da inflação ocorreu devido à redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica, que derrubou os preços de importantes grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. Dessa forma, a variação ficou negativa no mês, mas a maioria dos grupos fechou o mês em alta.
Em resumo, a pesquisa abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Além destas, a coleta de dados também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
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Inflação cai em todos os 16 locais pesquisados em julho
De acordo com o IBGE, a inflação caiu em todos os 16 locais pesquisados em julho. Veja abaixo a variação que cada um deles teve no mês:
Goiânia: -2,12%
Curitiba: -1,41%
Vitória: -1,31%
Belém: -1,29%
Aracaju: -1,21%
Belo Horizonte: -1,07%
Salvador: -1,06%
Brasília: -0,98%
Campo Grande: -0,95%
Rio Branco: -0,92%
Fortaleza: -0,65%
São Luís: -0,63%
Porto Alegre: -0,59%
Rio Janeiro: -0,44%
Recife: -0,42%
São Paulo: -0,07%
O IBGE revelou que Goiânia teve a maior redução da inflação entre os locais pesquisados devido às “quedas de 21,57% nos preços da gasolina e de 14,90% na energia elétrica“.
Por outro lado, São Paulo teve uma variação bem menos expressiva, sendo o único local a apresentar alta nos preços da energia elétrica (0,37%) em julho. “Adicionalmente, contribuíram também para o resultado da área as altas do leite longa vida (21,95%) e do aluguel residencial (1,85%)”, explicou o IBGE.
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