Inflação dos alimentos chega a 13,43% em um ano
Mesmo com a deflação dos meses de julho e agosto, os preços dos supermercados não parecem estar mais baixos. Isso porque a inflação dos alimentos chega a 13,43% nos últimos 12 meses, acima da média dos preços do Brasil. Com isso, o bolso do cidadão não fica mais leve, como supõe o índice, mesmo com a estabilidade de preços de agosto.
Por isso, hoje vamos falar sobre a alta dos alimentos no Brasil, além de mostrar como tentar manter um orçamento mais saudável, diminuindo o impacto do supermercado nas suas despesas do mês.
Inflação dos alimentos: cesta mais cara
O preço dos alimentos ficou mais alto desde setembro do ano passado. Em geral, uma cesta de produtos ficou 13,43% mais cara, um reajuste bem maior que a inflação acumulada nesse período, que é de 8,73%, segundo o IBGE. A explicação é que o índice total da inflação tem a gasolina e a energia elétrica em sua composição. Como esses produtos ficaram mais baratos, o índice também cai, mesmo que isso não se reflita nas prateleiras dos supermercados.
Por lá, os preços de alguns alimentos ainda assustam. É o caso do leite, que subiu quase 25% no mês de julho, mas em agosto fechou com uma leve queda de menos de 2%. Com isso, esse produto, essencial para muitas famílias, segue pesando no orçamento. Por outro lado, um produto importante na dieta dos brasileiros, o tomate, caiu bastante no último mês, ficando 11% mais barato.
Se pegarmos a variação dos alimentos nos últimos 12 meses, vemos variações bem grandes de alguns alimentos. Desde setembro de 2021, a cebola foi o alimento que mais subiu, com alta de 91,21%. Em segundo lugar ficou o mamão, subindo 81,83%. Outras altas que pesam são a do leite (60,81%) e o café (46,34%). O pão de forma também subiu bastante, com alta de 26,97%.
(Imagem: Reprodução / disparada.com.br).
Como driblar a alta de preços?
Existem diversas formas de driblar a alta dos preços, principalmente por conta do ciclo de consumo dos brasileiros. Na prática, os brasileiros costumam fazer compras no início do mês, logo após receberem o salário. Pode parecer normal, mas na verdade essa é uma característica muito marcante dos brasileiros, já que em outros países isso não acontece. E a inflação dos alimentos pode diminuir com isso.
Isso porque o Brasil teve uma época de grande inflação durante os anos de 1980 e 1990. Com isso, era comum o trabalhador fazer o rancho mensal. Agora, isso não é mais necessário, mas virou a rotina de muitas pessoas. Com isso, é comum que os alimentos fiquem mais caros no início do mês. Com isso, as promoções vêm apenas no final do mês, em especial a carne, que tanto pesa no bolso do consumidor.
Por isso, a dica é tentar, ao máximo, fazer as compras no final do mês. A inflação dos alimentos costuma ser menor para quem adere a essa estratégia. Outra dica boa é fazer parte dos programas de fidelidade dos supermercados, que costumam dar bons descontos. Uma dica valiosa é tentar fazer as compras de casa pela internet utilizando plataformas de cashback, como a Méliuz.
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