A “inflação do Natal” teve um forte avanço em 2022. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), os preços dos itens comuns à data acumularam uma variação de 11,03% entre dezembro de 2021 e novembro de 2022.
A saber, a inflação do país acumulada no mesmo período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI), foi de 4,53%.
Isso quer dizer que os valores dos itens relacionados ao Natal estão quase três vezes superiores à inflação geral do Brasil. Aliás, vale lembrar que esses preços elevados apertam o orçamento das famílias brasileiras, que já sofrem com as dificuldades financeiras atuais.
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Preços dos alimentos pressionam inflação
Segundo o levantamento, o que mais pressionou a “inflação do Natal” em 2022 foi o encarecimento dos alimentos para a ceia de Natal. Em síntese, a variação média destes itens chegou a 16,48%.
Veja abaixo quais alimentos se destacaram no período, acumulando fortes altas:
Cebola: 167,662%
Frutas: 38,82%
Farinha de trigo: 30,00%
Maionese: 29,93%
Batata inglesa: 29,92%
Ovos: 20,08%
Leite longa vida: 18,75%
O FGV Ibre ressaltou que o único item a ficar mais barato em 2022, na comparação com o ano passado, foi o arroz. A saber, o preço do cereal caiu 1,63% em 12 meses. Aliás, vale destacar esse recuo, que, apesar de fraco, foi importante para não pressionar ainda mais a “inflação do Natal”.
O levantamento também revelou que alguns itens tiveram variações bastante tímidas. Em suma, o lombo (0,13%) e o pernil (0,64%), itens tradicionais na mesa de fim de ano, registraram leves altas. Nesses casos, os preços se mantiveram praticamente estáveis e não pressionaram ainda mais a renda da população.
Por fim, em meio a esse cenário desafiador, especialistas sugerem aos consumidores que pesquisem os preços atentamente. Uma boa dica é aproveitar as promoções de Natal realizadas em supermercados e feiras. Dessa forma, a ceia não deverá ficar tão cara quanto poderia ser.
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