Inflação do aluguel tem queda em novembro

O indicador utilizado nos contratos de aluguel, conhecido como Índice Geral de Preços – Mercado, registrou, no mês de novembro, uma deflação de 0,56%. Sendo assim, representa uma queda em relação ao mês de outubro, que também já havia registrado deflação de 0,97%. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas.

Nesse sentido, é o quarto mês seguido em que o IGP-M registra queda, sendo reduzido de 6,52% no acumulado do ano para 5,9%. Segundo a FGV, a deflação foi puxada principalmente pelo IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que teve uma deflação de 0,94% mesmo após a redução de 1,44% em outubro.

Inflação de dezembro aponta alta

Contudo, embora tenham sido quatro meses seguidos de queda, uma prévia do IGP-M divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o mês de dezembro apontou que a sequência de quedas será interrompida. Ao que tudo indica, dezembro terá uma alta de 0,77%, podendo chegar até 1% até o fim do mês.

O IGP-M é o indicador mais utilizado para o reajuste de aluguel, seja ele residencial ou comercial. Sendo assim, aqueles que possuem imóvel alugado e estão prestes a renovar seus contratos de aluguel deverão ficar atentos aos valores, principalmente se estiverem esperando uma correção menor.

Até o momento, a alta do IGP-M em 2022 está em 4,98%. O número é bem menor ao ser comparado com 2021, quando a alta chegou ao patamar de 17,78%, muito acima do IPCA, indicador oficial da inflação brasileiro, que atingiu o valor de 10,06%. A correção dos contratos de aluguel pelo IGP-M tem afetado o bolso dos brasileiros de tal forma que muitos vem solicitando a troca do índice pelo IPCA na hora de negociar os contratos.

Brasileiros utilizam aluguel para complementar renda

Dados de uma pesquisa divulgada pelo Quinto Andar com 600 pessoas apontaram que 78% dos brasileiros acima dos 50 anos apostam na locação de imóveis para complementar a renda da aposentadoria. Segundo eles, por muitas vezes a renda recebida pelo governo não é suficiente para a manutenção do custo de vida.

Contudo, a correção do aluguel pelo IGP-M acaba gerando um ponto de indecisão para aqueles que arrendam imóveis. Se, por um lado, é interessante corrigir um contrato utilizando um índice que vem aumentando mais que a inflação oficial (IPCA), por outro lado, gera dificuldade na locação.

Com isso, os locatários são obrigados a renegociar por diversas vezes o valor do contrato, buscando até mesmo manter o valor da locação sem reajuste e, em algumas situações, reduzindo o valor do aluguel para não ficar com o imóvel sem gerar renda mensalmente, que pode fazer diferença em seu orçamento na hora de pagar as contas.

A inflação do aluguel é apenas mais um caso onde o salário não acompanha o aumento do salário. O salário mínimo já não garante há muitos anos o custo de vida básico dos trabalhadores e, depois que parou de ser ter aumento real, a situação deteriorou, principalmente após a pandemia. Um exemplo claro disso é a alta dos alimentos neste período.

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