Nos últimos meses, a ida ao supermercado vem provocando verdadeiro espanto em muitos brasileiros. O preço de praticamente tudo subiu, e está cada vez mais difícil manter o mesmo padrão de consumo. No entanto, o IBGE revelou dados animadores nesta terça-feira (9).
De acordo com o instituto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação do país, caiu 0,68%. A saber, essa é a retração mais forte do indicador desde janeiro de 1980, quando a série histórica teve início.
Em resumo, inflação representa o aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços. Isso quer dizer que os brasileiros puderam economizar em julho, pois os preços dos produtos, no geral, caíram, certo? Só que não.
Na verdade, a queda da inflação atingiu apenas alguns itens específicos. Aliás, essa redução também ocorreu devido a um determinado fator, a redução do ICMS, que não atingiu todos os grupos de produtos e serviços pesquisados.
Em outras palavras, a redução do ICMS “afetou não só o grupo de transportes (-4,51%), mas também o de habitação (-1,05%), por conta da energia elétrica (-5,78%). Foram esses dois grupos, os únicos com variação negativa do índice, que puxaram o resultado para baixo”, explicou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
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Entenda a redução do ICMS
Em resumo, a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:
Combustíveis;
Energia elétrica;
Gás natural;
Telecomunicações;
Transporte coletivo.
Dessa forma, alguns itens que exercem forte impacto no IPCA, como a gasolina, recuaram em julho e derrubaram a inflação. No entanto, vale destacar que o IBGE analisa os preços de nove grupos e, destes, apenas os de transportes e habitação recuaram em julho.
Isso quer dizer que os preços dos outros sete grupos pesquisados subiram no mês. Por isso que muitas famílias não perceberam essa queda da inflação, que ficou limitada à gasolina e à energia elétrica.
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