Inflação desacelera para todas as faixas de renda em novembro
Os brasileiros tiveram uma notícia positiva em novembro. A saber, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda no mês passado. E quem mais se beneficiou no país foram as pessoas de renda alta.
Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,41% em novembro. Embora isso represente o aumento dos preços de bens e serviços, a alta foi menor que a de outubro (0,59%). Aliás, é melhor uma taxa menor, mesmo que seja de alta, do que um aumento mais expressivo.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as faixas de renda registraram as seguintes oscilações nas taxas inflacionárias entre outubro e novembro:
Renda muito baixa: 0,59% para 0,41%
Renda baixa: 0,51% para 0,33%
Renda média-baixa: 0,52% para 0,40%
Renda média: 0,61% para 0,46%
Renda média-alta: 0,64% para 0,49%
Renda alta: 1,14% para 0,27%
Vale destacar que a maior desaceleração foi registrada entre as pessoas de renda alta, cuja inflação deixou de ser a mais elevada, em outubro, para ser a menor, em novembro, entre todas as faixas de renda.
No entanto, no acumulado de 2022, as pessoas de renda alta tiveram a maior taxa do país (6,27%). Em seguida, ficaram as pessoas de renda muito baixa (5,60%), de renda baixa (5,33%) e de renda média-alta (5,03%).
Por outro lado, as menores taxas atingiram as pessoas de renda média-baixa (4,87%) e de renda média (4,98%).
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Veja o que pressionou a inflação em novembro
O relatório do Ipea revelou que o grupo alimentos e bebidas impactou todas as faixas de renda em novembro. Além disso, as famílias de renda muito baixa sofreram com o grupo habitação, enquanto as quatro faixas de renda intermediárias sofreram com transportes e as famílias de renda mais alta tiveram pressão do grupo saúde.
No caso das pessoas de renda muito baixa, “os reajustes dos aluguéis (0,80%) e da energia elétrica (0,56%) explicam o impacto inflacionário causado pelo grupo habitação”.
Por sua vez, as rendas intermediárias sofreram em novembro com a “alta dos combustíveis, especialmente da gasolina (3,0%) e do etanol (7,6%)”.
Em relação às famílias de renda mais alta, a “queda das passagens aéreas (-9,8%) e das tarifas de transporte por aplicativo (-1,5%) contribuiu para aliviar a pressão inflacionária exercida pelo grupo transportes”, disse o Ipea.
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