Indicador de Emprego da FGV tomba 4,0 pontos em outubro

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) tombou 4,0 pontos em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador alcançou 79,5 pontos, após alcançar o maior patamar em 11 meses em setembro.

Com este resultado, o indicador voltou a aumentar a distância em relação ao nível registrado em fevereiro de 2020 (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.

Vale lembrar que a crise sanitária impactou diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, inclusive no Brasil. Por isso que o IAEmp ainda está em um nível baixo.

A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta segunda-feira (7).

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Recuperação do mercado de trabalho preocupa

De acordo com Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, os dados de outubro refletem a preocupação com a recuperação do mercado de trabalho brasileiro.

“Em outubro, o IAEmp voltou a cair devolvendo todos os pontos recuperados nos últimos meses. Além da queda significativa, o resultado também foi bastante disseminado entre os sub índices sugerindo uma reversão da tendência”, avaliou Tobler.

O economista afirmou que a desaceleração econômica, prevista para 2023, parece ter influenciado as expectativas em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses.

“Não é possível descartar novas quedas nos próximos resultados dado que o cenário macroeconômico ainda é desafiador e a recuperação econômica tende a perder força na virada para 2023”, avaliou o economista.

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Seis dos sete componentes do indicador sobem

De acordo com os dados, seis dos sete componentes do IAEmp caíram no mês passado. A saber, o único avanço foi registrado pelo componente emprego previsto (+0,3 ponto) do setor de serviços.

Contudo, os componentes situação atual dos negócios e tendência dos negócios de serviços caíram 0,6 e 0,2 ponto no mês, respectivamente.

No setor da indústria, os três componentes tiveram variações negativas: tendência dos negócios da indústria de transformação (-1,7 ponto), emprego previsto (-0,9 ponto) e situação atual dos negócios (-0,7 ponto).

Por sua vez, o único componente da sondagem do consumidor, de emprego local futuro, caiu 0,3 ponto no mês.

Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.

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