Indicador de Emprego da FGV alcança maior nível em seis meses

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 1,4 ponto em maio deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse é o segundo avanço consecutivo, após cinco meses de queda.

Com isso, o IAEmp subiu para 80,9 pontos em maio, maior patamar desde dezembro do ano passado (81,8 pontos). Embora tenha avançado no mês, o indicador continua distante do patamar de fevereiro de 2020 (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.

Vale lembrar que a crise sanitária impactou diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, inclusive no Brasil. Por isso que o IAEmp ainda está em um nível ainda bastante baixo.

A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta terça-feira (7).

“A segunda alta consecutiva do IAEmp sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho na virada para o segundo trimestre. A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano e um certo aquecimento da atividade econômica parecem contribuir para a melhora do indicador”, disse o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

Ainda é preciso cautela, dado que o indicador ainda se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta considerando que a atividade econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 devido a elevada inflação e política monetária mais restritiva”, ponderou Tobler.

Cinco dos sete componentes do indicador sobem em maio

De acordo com os dados, cinco dos sete componentes do IAEmp subiram no mês passado. O destaque do mês foi o setor da indústria, cujos componentes tiveram as seguintes variações: situação atual dos negócios (+0,9 ponto), tendência dos negócios da indústria de transformação (+0,5 ponto) e emprego previsto (-0,2 ponto), único recuo do setor.

Da mesma forma, dois componentes do setor de serviços subiu, enquanto um recuou. As variações foram as seguintes: emprego previsto (+0,1 ponto), tendência dos negócios (+0,1 ponto) e situação atual dos negócios (-0,1 ponto).

Por sua vez, o único componente da sondagem do consumidor, de emprego local futuro, avançou 0,3 ponto no mês.

Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.

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