Durante as duas últimas eleições, tivemos candidatos prometendo que ajustariam a tabela do Imposto de Renda. A ideia é aumentar a faixa de isenção para R$5 mil. Na prática, pessoas que ganham menos que isso deixariam de ser obrigadas a fazer a declaração. Contudo, a promessa não se cumpriu nos últimos anos. Isso porque a tabela não é reajustada desde 2015.
Apesar disso, a discussão ganhou bastante força nos últimos dias, principalmente com a nomeação do novo ministro da Fazenda. Em entrevista, Haddad disse que essa é uma das prioridades do novo governo. Contudo, pouco se sabe sobre como será o Imposto de Renda de 2023.
Teremos reajuste da tabela para 2023?
Especialistas acreditam que não haverá o reajuste da tabela do Imposto de Renda para 2023. Isso não se deve, contudo, a uma falta de vontade do governo eleito, mas sim pela falta de tempo para a discussão da proposta. Apesar disso, o assunto é de grande importância, dado que mexe na vida financeira de milhares de pessoas em todo o país.
Em sua campanha eleitora, Lula disse que quer isentar a tabela do Imposto de Renda para salários abaixo de R$5 mil. A mesma promessa foi feita por Bolsonaro em 2018 e, novamente, em 2022. Contudo, o último reajuste aconteceu em 2015. Desde então, pessoas que ganham acima de R$1903,98 precisam fazer a declaração anualmente à Receita Federal.
Para 2023, o governo eleito tenta, ainda, o aumento do Auxílio Brasil para R$600 e o reajuste real do salário mínimo, que deve ficar entre R$1.302 e R$1.320, segundo os bastidores de Brasília. Para fazer isso, foi preciso mexer bastante no orçamento federal, que não tem mais espaço para novos gastos ou renúncia de renda. Por conta disso, o Imposto de Renda de 2023 deve funcionar da mesma forma que funcinou em 2022. Contudo, Haddad diz que, durante seu mandato, a tabela deve mudar.
Imagem: Shutterstock
Como pagar menos Imposto de Renda no ano que vem?
Existem diversas formas de economizar no Imposto de Renda. Para o ano que vem as regras devem ser as mesmas e, por isso, as dicas seguem válidas. E para começar, é preciso entender qual a modalidade de declaração que você deve optar no ano que vem.
Isso porque o Imposto de Renda tem duas modalidades: a simplificada e a completa. A simplificada é recomendada para quem ganha um salário menor, não tem dependentes e também não possui muitas coisas no nome, como empresas e imóveis. Por outro lado, a declaração completa é a mais robusta, onde o cidadão declara tudo o que tem.
Com a declaração completa, as chances de pagar menos Imposto de Renda é maior. Isso porque, nela, você pode abater do imposto os gastos com educação, saúde, pai ou mãe como dependente, reformas da casa, taxas de corretagem, pensão alimentícia, previdência privada e outros investimentos isentos de IR.
Para isso, basta guardar as notas fiscais dos serviços acima. Após fazer a declaração, é preciso guardar as notas por, pelo menos, 5 anos. Dessa forma, você pode comprar uma pasta e, por segurança, digitalizar todos os documentos para ter tudo guardado no seu computador.
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