IFood terá novas mudanças após assinatura de acordo milionário; saiba quais são
O que ocorrerá com o iFood depois de assinar um acordo milionário na Justiça? Descubra tudo e verifique se os usuários do aplicativo serão impactados pelas alterações.
O iFood, o aplicativo de delivery mais popular do Brasil, está passando por mudanças significativas após a assinatura de um acordo milionário decorrente de um processo judicial importante.
Após uma longa disputa judicial, a decisão foi tomada na semana passada e, como resultado, o iFood está sendo obrigado a implementar diversas medidas.
Essas mudanças têm despertado a curiosidade dos milhões de brasileiros que utilizam o aplicativo diariamente, levando-os a questionar se também serão afetados por essas novas medidas.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o número de usuários do iFood tem crescido de forma significativa, à medida que mais pessoas optam por pedir refeições em casa ao invés de comer em restaurantes.
Nesse contexto, é importante estar ciente das principais informações sobre as mudanças que estão sendo implementadas pelo aplicativo de delivery e como elas podem impactar você como consumidor.
Descubra os padrões de comportamento dos usuários do iFood
Como mencionado anteriormente, o iFood é o aplicativo de entrega mais popular do Brasil. Isso é confirmado por uma pesquisa realizada em 2023 pelo site Opinion Box, que envolveu mais de 2.000 entrevistas com usuários frequentes de aplicativos de entrega.
De acordo com o levantamento, o iFood é a escolha preferida de 94% dos usuários habituais de aplicativos de entrega. Além disso, o aplicativo também é reconhecido como o mais conhecido do país, mencionado por 96% dos entrevistados.
Na lista dos aplicativos de entrega mais utilizados no Brasil, o Rappi ocupa o segundo lugar, com 24% das citações na pesquisa. O ranking é completado pelo Zé Delivery (23%), AiQFome (7%) e CornerShop (6%).
“A iFood é, de longe, o aplicativo mais popular entre os consumidores brasileiros”, afirma a Opinion Box na pesquisa.
O estudo também revela que o iFood é o aplicativo preferido dos brasileiros para fazer pedidos de refeições e pratos de restaurantes (85%), produtos de supermercado (50%) e artigos de farmácia (34%).
No que diz respeito aos pedidos de bebidas, sejam alcoólicas ou não, o Zé Delivery lidera o ranking, sendo citado por 63% dos entrevistados nessa categoria.
Quais são os pratos mais solicitados no iFood?
De acordo com a pesquisa realizada pelo Opinion Box, os lanches são os pratos mais pedidos no iFood. Eles foram mencionados como a preferência de 73% dos brasileiros, incluindo hambúrgueres e sanduíches, ocupando o primeiro lugar no ranking. É importante destacar que esses dados foram coletados ao longo de todo o ano de 2022.
Os pedidos de jantar ocupam a segunda posição, com 51% das preferências. O ranking também inclui o almoço (33%), produtos de farmácia (28%), compras de supermercado (20%) e bebidas alcoólicas (17%).
A pesquisa revela informações relevantes sobre os hábitos dos brasileiros no iFood. Segundo o estudo, os principais atrativos considerados pelos usuários ao escolherem entre os milhares de restaurantes disponíveis no aplicativo são as entregas grátis (57%), cupons de desconto (51%) e facilidade de uso (40%).
Quando o custo da entrega é muito elevado, os usuários tendem a optar por outros restaurantes. A pesquisa revela que 79% dos usuários do iFood já desistiram de uma compra devido ao alto valor da taxa de entrega. Além disso, 52% afirmaram ter desistido de comprar em determinado restaurante devido às baixas avaliações recebidas.
“Avaliações ruins de restaurantes e lojas, por exemplo, afastam clientes que ainda não os conhecem. Uma experiência de compra ou entrega insatisfatória pode levar o cliente a deixar de utilizar o aplicativo”, confirma a pesquisa.
Mudanças
Após uma derrota judicial, o iFood será obrigado a implementar uma série de mudanças significativas. A empresa terá que investir milhões de reais para corrigir falhas graves cometidas durante a pandemia de Covid-19.
Em uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho em três inquéritos distintos, representantes do iFood assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta.
O processo judicial que levou a essas mudanças teve início após a publicação da reportagem “A máquina oculta de propaganda do iFood” pela Agência Pública.
A matéria, divulgada em abril de 2022, revelou que agências de publicidade contratadas pelo iFood teriam se infiltrado em grupos de entregadores no WhatsApp e até mesmo enviado um agente “oculto” para desencorajar o movimento trabalhista dos entregadores, que estava crescendo durante o período de isolamento social.
Quais são as novas mudanças que o iFood terá que implementar após a assinatura do acordo? De acordo com as medidas estabelecidas no Termo de Ajustamento de Conduta, a plataforma deverá contratar um auditor especializado em direitos humanos e destinar aproximadamente R$ 6 milhões para pesquisas relacionadas ao assunto. Essas medidas visam reforçar o compromisso do iFood com os direitos humanos e trabalhistas dos entregadores.
As mudanças impostas ao iFood são resultado da violação do direito à informação dos colaboradores e do desrespeito à liberdade sindical desses trabalhadores.
Por fim, surge a pergunta crucial para os consumidores brasileiros: as novas mudanças do iFood afetarão os usuários?
Após a decisão judicial, muitos temiam que o iFood pudesse criar novas taxas para os usuários como forma de custear o investimento de R$ 6 milhões em pesquisas sobre direitos humanos. Felizmente, isso não deverá acontecer.
O próprio Termo de Ajustamento de Conduta assinado pelos representantes da empresa deixou claro que a plataforma não poderá aumentar suas taxas para cumprir as especificações judiciais do acordo.
Além disso, o processo estabelece que o aplicativo também não poderá aumentar suas taxas durante greves dos entregadores.
Portanto, para os brasileiros que utilizam o iFood, não deverá haver mudanças. Os efeitos da decisão judicial serão observados principalmente pelos entregadores.
Em uma nota oficial, o iFood negou ter agido para reprimir as manifestações dos entregadores, mas afirmou que aceitará os efeitos da decisão judicial para evitar mais conflitos.
“Recebemos o acordo de forma positiva, uma vez que as obrigações assumidas pelo iFood estão alinhadas com nossos valores e princípios, como a promoção da transparência nas redes sociais, o respeito ao direito de manifestação e associação dos entregadores, e o investimento em pesquisas que contribuam para o desenvolvimento sustentável do país”, declarou Lucas Pittioni, diretor jurídico do iFood.