Guerra na Ucrânia e inflação enfraquecem PIB da América Latina
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgou na quarta-feira (27) suas novas projeções para o crescimento econômico da região. A saber, a guerra na Ucrânia e a inflação elevada deverão reduzir a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Em resumo, os impactos provocados pelos conflitos no leste europeu já afetam todo o planeta. O comércio global vem perdendo força devido aos gargalos nas cadeias de abastecimento, que já se mostravam fortes com a pandemia, mas se agravaram com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Esse cenário pressiona os preços de diversos bens e serviços, a chamada inflação. Nesse caso, diversos países vêm enfrentando as maiores taxas inflacionárias dos últimos anos ou décadas, inclusive o Brasil, cuja inflação supera em mais de três vezes a meta do Banco Central (BC).
Por falar nisso, os BCs do mundo estão elevando os juros para conter a inflação. Em suma, a alta dos juros reduz o poder de compra do consumidor e desaquece a economia. Por isso que as estimativas para o crescimento econômico global estão cada vez menos positivas desde que a guerra na Ucrânia começou.
América Latina terá crescimento mais tímido
Diante deste cenário, a Cepal revisou para baixo as suas estimativas para o crescimento econômico da América Latina e Caribe. A saber, o órgão reduziu de 2,1% para 1,8% as projeções de crescimento da região em 2022. Aliás, a Cepal é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU),
As previsões para o Brasil também estão mais fracas. Embora o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha elevado suas estimativas para a expansão econômica do país, a Cepal acredita que o PIB brasileiro crescerá 0,4% neste ano, em vez de 0,5% como projetado anteriormente.
Por outro lado, o órgão vinculado à ONU elevou suas previsões para o PIB da América do Sul, de 1,4% para 1,5%. Em síntese, isso ocorreu devido a estimativas mais expressivas para Argentina (2,2% para 3%), Colômbia (3,7% para 4,8%), Uruguai (3,1% para 3,9%) e Venezuela (3% para 5%).
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