Governo quer evitar aumento dos combustíveis até segundo turno, diz coluna

Se depender do Governo Federal, o preço do combustível não vai aumentar até o próximo dia 30 de outubro, quando o segundo turno das eleições será realizado. Segundo informações do jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, já existe até mesmo a ideia de trocar os diretores da Petrobras para evitar uma elevação dos preços às vésperas da votação.

A informação já vinha sendo ventilada por outros veículos de imprensa nos últimos dias. Na quarta-feira (5), o jornal O Estado de São Paulo publicou uma reportagem afirmando que membros do Governo Federal estariam pressionando a Petrobras a não anunciar nenhum aumento até o dia das eleições presidenciais.

Dentro da campanha do presidente, há um temor de que não seja possível impedir o aumento. Nas quarta-feira (5), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) anunciou novos cortes de produção internacional. Diante disso, há uma perspectiva de aumento de preços nos combustíveis.

Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro vem fazendo um esforço para que os preços dos combustíveis não parem de cair. Com o corte de alguns subsídios, a diferença já é sentida pelo consumidor final. Contudo, ainda não é possível saber até quando essa queda seguirá sendo sentida. A campanha espera que os aumentos só sejam retomados depois das eleições.

De todo modo, mesmo que o Governo queira manter o preço do jeito que está, a avaliação dos economistas é de que se o preço do barril de petróleo subir para a casa dos US$ 100, será quase impossível não repassar o aumento do preço para o consumidor final.

Além dos combustíveis

A avaliação dentro da campanha do presidente Jair Bolsonaro é de que será necessário apostar nas chamadas “boas notícias” por parte do Governo Federal durante este segundo turno. Neste sentido, não estamos falando apenas do preço dos combustíveis.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem dizendo também que poderá manter o Auxílio Brasil de R$ 600 no próximo ano. Hoje, a indicação oficial é de que os repasses só serão turbinados até o final de 2022. Ele garante que poderá manter o benefício.

Além disso, Bolsonaro também afirma que pode pagar uma espécie de 13º salário para as mulheres que recebem o Auxílio Brasil. Estamos falando de mais de 17 milhões de pessoas. Ele afirma que só poderia realizar as liberações a partir do final do próximo ano.

Além de Bolsonaro

O ex-presidente Lula (PT) não assiste a movimentação de Bolsonaro parado. O candidato venceu na grande maioria das cidades mais pobres do país, e quer manter ou até mesmo ampliar a vantagem dentro deste público.

Para tanto, ele também vem dizendo que poderá manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 no próximo ano. Além disso, o candidato do PT afirma que poderá pagar uma espécie de adicional de R$ 150 por criança menor de seis anos de idade.

Sobre os preços dos combustíveis, Lula vem dizendo que poderá reduzir os valores ao descolar a definição nacional do padrão internacional. A ideia desagrada boa parte do mercado, mas na avaliação da campanha do PT, agrada boa parte do eleitorado.

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