Governo anuncia descontos de até 10,79% no preço dos carros populares

Carros Populares – Nesta quinta-feira, 25 de maio, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para carros com valor de até R$ 120 mil.

Alckmin também previu que essa medida resultará em descontos nos preços dos carros para os consumidores. Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do setor automotivo, Alckmin afirmou, durante uma entrevista coletiva, que os descontos poderão variar de 1,5% a 10,79%, dependendo do preço do veículo, de sua eficiência energética e densidade industrial.

De acordo com Alckmin, é possível que a redução de preço seja ainda maior, pois o pacote incluirá a opção de venda direta da indústria para o consumidor.

Preço dos carros

Conforme informações recentes provenientes de fontes governamentais, os carros populares no Brasil têm um preço mínimo de R$ 68 mil. As montadoras relataram ao vice-presidente que esses preços já consideram uma margem de lucro reduzida para as empresas que operam no país.

Em uma declaração recente, o presidente Lula expressou críticas ao atual valor dos carros populares no Brasil, afirmando que eles não estão de acordo com as necessidades das pessoas. Para ele, é inviável para um cidadão adquirir um veículo com o preço atualmente cobrado.

Na prática, o valor de um carro popular no Brasil equivale a 50 salários mínimos, o que resulta em pagamentos mensais de R$ 1.320.

De acordo com Alckmin, a redução nos preços dos carros para a faixa de R$ 60 mil pode ser apenas o começo. O vice-presidente mencionou que o Governo Federal está analisando a possibilidade de implementar uma segunda rodada de medidas, visando uma redução ainda maior nos preços dos veículos populares.

Alckmin explicou que o tamanho dessa redução dependerá de diversos fatores, incluindo:

• Valor atual do veículo: Carros com preços mais baixos receberão descontos tributários mais substanciais.
• Emissão de poluentes: Carros com baixa emissão de poluentes terão descontos tributários mais significativos.
• Cadeia de produção: Veículos que possuam maior porcentagem de peças produzidas no Brasil serão elegíveis a descontos tributários mais expressivos.

Modelos de carros

Primeiramente, é crucial ressaltar que o governo não exigirá que as montadoras desenvolvam novos modelos de carros para venda no Brasil. A proposta consiste simplesmente em reduzir os preços dos veículos populares que já estão disponíveis nas empresas automotivas que atuam no país.

O objetivo é tornar esses carros mais acessíveis aos consumidores, sem a necessidade de introduzir novos modelos no mercado.

Será uma tarefa desafiadora. As montadoras que operam no Brasil são unânimes ao afirmar que seus modelos populares já possuem margens de lucro reduzidas. Portanto, elas veem como um desafio encontrar preços ainda mais baixos sem comprometer suas operações internas.

Quanto aos preços, especialistas consultados pelo Jornal do Carro fizeram uma estimativa da queda nos preços dos automóveis no Brasil, considerando um cenário em que o governo consiga uma redução de R$ 15 mil apenas nos impostos.

Veja como ficariam os preços após essa medida:

• Renault Kwid Zen: de R$ 68.990 para R$ 53.990;
• Fiat Mobi Like: de R$ 68.990 para R$ 53.990;
• Citroën C3 Live 1.0: de R$ 72.990 para R$ 57.990;
• Fiat Argo Drive 1.0: de R$ 79.790 para R$ 64.790;
• Renault Stepway Zen 1.0: de R$ 79.990 para R$ 64.990;
• Volkswagen Polo Track: de R$ 81.370 para R$ 66.370;
• Hyundai HB20 Sense: de R$ 82.290 para R$ 67.290;
• Volkswagen Polo MPI: de R$ 83.390 para R$ 68.390;
• Fiat Cronos 1.0: de R$ 84.239 para R$ 69.239;
• Chevrolet Onix 1.0: de R$ 84.390 para R$ 69.390.

É importante ressaltar que essa queda de preços considera um cenário otimista, em que o governo conta com o apoio dos governadores para reduzir os preços dos carros populares. A redução do ICMS, por exemplo, dependerá da decisão de cada estado e exigirá negociações complexas.