Gasolina sobe pela quarta semana consecutiva
A Petrobrás não reajusta o preço dos combustíveis às distribuidoras desde junho. Contudo, esta é a quarta semana consecutiva de aumento de preços na gasolina e no diesel. Com isso, consumidores sentem o peso dos preços mais altos no bolso. Contudo, o movimento era esperado por especialistas, dado que o produto estava 11% abaixo do valor de mercado durante as eleições.
Segundo dados da ANP, a gasolina teve aumento de preços na semana de 30 de outubro a 5 de novembro. A informação foi divulgada ontem, 7, pela agência. Especialistas dizem que a tendência de aumentos pode estar no fim.
Gasolina ainda mais cara
O preço da gasolina subiu mais uma vez. Depois de mais de 4 meses seguidos em queda, os preços voltam a preocupar. Na ocasião da queda, a menor cotação do dólar, a redução dos impostos e a forte queda no preço do petróleo ajudaram. Contudo, especialistas dizem que o Brasil baixou demais os preços, e agora é necessário fazer um reajuste para cima.
Isso porque, desde que Lula ganhou as eleições, o dólar está em forte queda. No dia 31 de outubro, um dia após as eleições, o dólar passou de R$5,29 para R$5,18. No fechamento de hoje, 8, a moeda americana está cotada a R$5,14. Por isso, na prática, a tendência é a de que a gasolina não siga em alta por muito tempo.
Na semana de 30 de outubro a 5 de novembro, o preço da gasolina passou de R$ 4,91 para R$ 4,98, uma alta de 1,42%. Vale lembrar que na semana passada, o aumento foi menor. O valor máximo encontrado nos postos do Brasil foi de R$6,99. No caso do etanol, a alta foi ainda maior, de 1,92%. Com isso, o litro passou de R$ 3,63 para R$ 3,70. Por último, o diesel subiu de R$ 6,56 para R$ 6,58, o que representa uma alta de 0,3% no período.
(Imagem: Reprodução / Poder 360).
Petrobrás não reajusta os preços desde junho
A alta dos combustíveis acontece por conta da defasagem de preços provada pela Paridade de Preço Internacional (PPI). Essa modalidade, adotada pela Petrobrás, define os preços de acordo com os preços no mercado internacional. Vale lembrar que a estatal brasileira não faz nenhum reajuste de preços às distribuidoras desde junho.
Além disso, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que faz cálculos sobre os preços das gasolina, afirmou que o combustível ainda está 3% mais barato que o mercado internacional. No caso do diesel, o Brasil tem um combustível 8% mais barato que o resto do mundo. Por isso, a tendência de alta da gasolina pode estar perto do fim, mas o caso do diesel ainda pode preocupar.
Contudo, a realidade pode mudar. Isso porque o governo eleito quer parar de praticar a Paridade de Preço Internacional (PPI) e adotar uma nova precificação, que terá como modelo o custo de produção em moeda nacional. Porém, essa mudança ainda está no campo das promessas, mas as nomeações do novo governo podem ter essa mudança como prioridade.
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