Entenda por que o DIESEL continua tão caro no Brasil
Os motoristas do país estão comemorando as recentes reduções nos preços dos combustíveis. A saber, a gasolina, o diesel e o etanol hidratado vêm registrando quedas em seus preços médios nas últimas semanas. Contudo, um destes combustíveis ainda se mantém em patamar bastante elevado.
Em resumo, a Petrobras reduziu duas vezes o preço do diesel nas distribuidoras do país em agosto. O primeiro reajuste, de 3,57%, fez o litro do combustível custar 20 centavos a menos, caindo para R$ 5,41.
Na semana seguinte, a companhia promoveu mais um reajuste, de 4,07%, resultando em uma queda de 22 centavos, para R$ 5,19 o litro. Contudo, esse preço ainda representa um aumento de 55,39% em relação ao valor do combustível no final de 2021 (R$ 3,34 por litro).
Além disso, a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, gás natural, telecomunicações e transporte público. Contudo, isso não fez o preço do diesel cair significativamente no país.
Veja o que vem mantendo o valor do diesel nas alturas
Muitos brasileiros ainda não entendem o que vem mantendo o valor do diesel tão elevado. A título de comparação, o valor da gasolina despencou mais de 15% no mês passado, ajudando a derrubar a inflação no país. Por outro lado, o óleo diesel ficou 4,59% mais caro.
De acordo com especialistas, a guerra na Ucrânia é o principal fator que pressiona os preços do diesel não só no Brasil, mas no mundo. Em suma, o conflito no leste europeu provocou uma escassez de diesel no mercado internacional.
Isso aconteceu porque os russos limitaram significativamente o fornecimento de gás natural para a Europa. O problema é que a Rússia respondia por cerca de 40% do gás consumido na União Europeia. Isso fez os europeus recorrerem ao diesel, bem como estocá-lo para evitar a sua escassez.
A principal consequência foi o aumento do seu preço em todo o planeta, e o Brasil não fugiu desse cenário. Para evitar que haja desabastecimento no país, a Petrobras continua comercializando o diesel a níveis elevados. Assim, consegue manter uma “margem de segurança”.
Por fim, o Brasil importa cerca de 25% do diesel que é consumido no país. Como os preços internacionais estão elevados, os valores praticados internamente também tendem a se manter elevados. Por isso que a gasolina cai, mas o diesel não recua no mesmo ritmo.
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