Eleições: a economia de Lula e de Bolsonaro
Um dia antes das eleições de 2022, é muito importante que todos os cidadãos já tenham seus votos decididos, para não ficar em dúvida na hora de votar. E os dados do DataFolha mostram que 11% dos brasileiros ainda não decidiram para quem darão o voto. Por isso, é importante que você escolha não apenas entre Lula e Bolsonaro, mas entre todos os candidatos ao cargo.
Contudo, os líderes nas pesquisas são sempre os mesmos. Por isso, para ajudar na sua tomada de decisão, vamos mostrar o que o mercado financeiro espera após as eleições para um eventual governo Lula, ou para um eventual segundo governo Bolsonaro.
O governo Lula
Vamos começar o texto falando do governo Lula. Isso porque o critério do texto foi a partir da pontuação de cada um dos candidatos na pesquisa do DataFolha do dia 29 de setembro. Contudo, nessas eleições existe um caráter bastante positivo para a economia: o setor já conhece tanto Lula, quanto Bolsonaro na presidência. Isso dá mais previsibilidade ao que pode acontecer.
Lula já foi presidente do Brasil de 2002 a 2010. Em seu mandato, foi um governo que aumentou o número de funcionários públicos, ao passo que também teve um endividamento externo bastante controlado, na casa de 65% do PIB do país. Na questão da economia do país, Lula sempre teve um superávit primário, que é a arrecadação de impostos maior que o gasto do governo. Contudo, quando analisamos o total das despesas do governo com juros e multas, o Brasil sempre teve déficit secundário.
Para uma eventual vitória de Lula nas eleições de amanhã, 2 de outubro, o mercado financeiro espera um governo que gaste mais do que o atual governo. Por outro lado, as recentes sinalizações de que Henrique Meirelles será o ministro da Economia levantam a possibilidade de um país com maior responsabilidade.
Imagem: Helene Santos / Diário do Nordeste
E se nas eleições der Bolsonaro?
Especialistas dizem que o governo de Jair Bolsonaro foi pouco visto nos últimos 4 anos. O motivo é que a pandemia obrigou o governo a tomar medidas de exceção na economia, aumentando muito os gastos do governo com diversas medidas. Dentre elas, o Auxílio Emergencial foi o principal impacto no orçamento do governo. Contudo, o atual presidente também costuma atender as pautas sociais.
Durante seu governo, Bolsonaro acabou com o Bolsa Família. Em seu lugar, criou o Auxílio Brasil, que atualmente paga 3x mais que o antigo programa que se popularizou no governo do PT. Nos debates anteriores às eleições, o atual presidente se comprometeu a manter o gasto nesse programa social.
Contudo, Bolsonaro tem uma agenda mais liberal, o que supõe a privatização de empresas estatais. É o caso da Eletrobrás, que foi privatizada nesse ano. Além disso, durante seu governo, houve uma redução no número de funcionários públicos. Diferentemente de Lula, Bolsonaro teve déficits primários recorrentes, uma herança dos governos de Dilma e Temer. De 2018 até 2022, Bolsonaro conseguiu diminuir esse déficit todos os anos. Por isso, o mercado financeiro também espera equilíbrio fiscal em uma eventual vitória de Bolsonaro.
Quando o assunto é inflação e endividamento, ambos os governos são semelhantes.
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