Eleições 2022: o que mudará na economia?
As eleições são essenciais para o andamento normal da democracia e define a política econômica dos próximos 4 anos do Brasil. Por isso, o resultado afeta diretamente o seu bolso, desde o custo de vida até o retorno dos seus investimentos.
Apesar de sair consideravelmente cedo, esse texto busca pontuar o que já se sabe, sobre o viés econômico, em relação às candidaturas tidas como certas pelos analistas políticos.
A esquerda e a economia
Historicamente, as eleições onde a esquerda saem ganhadoras deixam o país sob mau olhar pelo mercado financeiro, causando queda nas bolsas e elevação dos juros.
Isso se explica porque a esquerda é defensora do intervencionismo na economia, do maior controle nas políticas monetária, fiscal e cambial e favorável aos subsídios aos setores da economia.
Governos de esquerda têm maior propaganda social e não buscam falar muito a linguagem econômica.
A direita e o liberalismo
Por outro lado, eleições onde a direita sai vencedora gera boas perspectivas econômicas no mercado financeiro.
Foi o que ocorreu nas eleições do Brasil em 2018, com a vitória de Jair Bolsonaro.
Defensores dessa corrente afirmam que o Estado inflado interfere no crescimento econômico, prejudica decisões racionais e afeta os preços dos bens de consumo.
Por isso, quando ganham a presidência, é comum vermos pacotes de privatização, a busca por diminuição de impostos e um incentivo maior à concorrência, via tratados comerciais e facilitações para as empresas.
O centro e suas incógnitas
A parte mais difícil de prever nesse momento é, sem dúvidas, as políticas econômicas do centro. Isso porque ainda não se tem, definitivamente, nomes que contemplarão essa vertente.
O nome mais cotado é de João Dória, do PSDB.
Governos centristas são comumente marcados pela grande negociação e trocas de favores, o que diminui as chances de uma previsibilidade maior das políticas econômicas.
Em muitos dos casos, governos de centro tendem a gerar quedas nas bolsas no curto prazo, até que se estabeleça uma política concreta.
Os nomes das eleições do Brasil e como eles chegam em 2022
Diferentemente das eleições de 2018, o atual cenário político permite mapear os candidatos favoritos para ocuparem o cargo máximo do Executivo.
Do lado da esquerda, Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) são declaradamente aspirantes ao cargo. Enquanto fruto de uma ruptura política entre as duas siglas, o primeiro busca uma volta ao cargo após os desdobramentos da Operação Lava Jato.
O segundo, entretanto, busca se posicionar como a saída para a polarização política que paira o país.
Do lado da direita, Jair Bolsonaro (sem partido) e João Amoedo (Novo) se colocam como os principais defensores das ideias liberais na economia.
O atual presidente conta com uma base fiel. Já João Amoedo, quinto colocado no primeiro turno, vem para se posicionar como um outsider da política.
Já no Centro, João Dória (PSDB) é o nome mais cotado, seguido de Eduardo Leite, da mesma sigla. Apesar disso, especula-se uma chapa com ambos os políticos, que buscarão ser a “terceira via”.