Economia: sucesso do Pix estimula golpes e fraudes (saiba mais)
O Pix é um meio de transferência bancária e de pagamento eletrônico em tempo real criado pelo Banco Central do Brasil para atender a pessoas físicas e jurídicas. Ele foi criado no ano de 2020 e tem tido um grande sucesso com quase 500 milhões de chaves cadastradas em todo o país.
Entretanto, a ascensão da forma de pagamento fez com que o número de fraudes e golpes relacionados à tecnologia de transferência bancária aumentasse exponencialmente nos últimos dois anos. No primeiro semestre de 2022 houve um aumento de mais de 2.800% nos crimes cometidos utilizando a ferramenta.
O fato é que o Pix facilita bastante não apenas a transferência de dinheiro, mas o pagamento de contas e compras de produtos e serviços. Em alguns minutos é possível realizar a operação, tornando-a mais prática e ágil. Desta maneira, cerca de um terço da população brasileira vem utilizando o sistema.
O programa tem tido um grande sucesso nestes últimos dois anos. No entanto, ao mesmo tempo, vários usuários têm caído nas mãos de criminosos. Os golpistas tem utilizado bastante o sistema instantâneo de pagamentos e transferências. Mesmo assim, especialistas afirmam que ele ainda é seguro.
Crimes eletrônicos
De acordo com o Banco Central do Brasil, no primeiro semestre de 2022, foram registrados 739.145 crimes utilizando o Pix em todo o país. Em 2021, no mesmo período, houve o registro de 25.330 ações. O governo afirma que há uma grande segurança nas operações, mas que os usuários devem tomar certos cuidados em sua utilização.
Vale ressaltar que mesmo com a alta dos golpes e fraudes relacionados, o Pix traz inúmeros benefícios à população, através da inclusão financeira e da digitalização da moeda brasileira. Dessa maneira, o sistema pode facilitar a transferência financeira e trazer inúmeras oportunidades para vários setores econômicos.
Entre os principais golpes utilizando o Pix podemos destacar o recebimento de links fraudulentos através de e-mails e SMS. Ao utilizar esses artifícios, os fraudadores são capazes de roubar as informações dos usuários. Deve-se observar que as ações criminosas já eram previstas antes do lançamento da ferramenta.
Isso se deve ao fato de que o Pix não possui grandes instrumentos capazes de prevenir golpes e fraudes como o cartão de crédito, por exemplo. A tecnologia favorece o trânsito financeiro, porém os mecanismos antifraude não atingiram o mesmo nível de outras formas de transferências financeiras.
Segurança nas transações via Pix
Entretanto, há alguns casos em que o Pix preveniu alguns tipos de ações criminosas que utilizavam extrema violência. Houve de fato uma diminuição de pequenos roubos em comércios e em ambulantes que acabaram por diminuir por conta de os estabelecimentos não possuírem mais os mesmos aportes financeiros.
Há uma busca pelo aperfeiçoamento da tecnologia utilizada pelo Pix com o objetivo de tornar as ações mais seguras, aprimorando o sistema antifraude e o mecanismo especial de devolução. O Banco Central vem discutindo o assunto, e deve anunciar num futuro próximo alguns ajustes à ferramenta eletrônica.
É preciso fortalecer todo o sistema em vista de acabar com as ações fraudulentas, aos golpes e ao vazamento de dados. Espera-se que algumas mudanças sejam feitas, como por exemplo, o aumento do nível de responsabilidade das instituições financeiras e bancos relacionados à utilização do Pix.
O Banco Central está em busca de meios para que se faça uma barreira com capacidade para conter o vazamento de dados e informações de empresas e seus consumidores. Existe a opção de criar alguns mecanismos capazes de autenticar as transferências financeiras, limitando as fraudes.
Cuidados com a segurança
Para evitar fraudes e golpes utilizando o Pix é indiciado que não se acesse a páginas suspeitas na web, que se confira os remetentes dos e-mails recebidos, nunca clicar em links suspeitos, recebidos via e-mail, Whatsapp, redes sociais, ou SMS para fazer o cadastro do Pix, ou para confirmar as transações.
Deve-se cadastrar as chaves do Pix apenas nos canais digitais disponibilizados pelas instituições financeiras. Não se deve nunca compartilhar o código de verificação. Além disso, não se deve fazer o cadastro da ferramenta a partir de ligações telefônicas. É preciso também tomar cuidado com suas senhas e códigos de acesso.