Economia brasileira vai desacelerar em 2023, diz presidente do BC
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na última sexta-feira (26) que a economia brasileira deverá desacelerar em 2023. Isso acontecerá por diversos motivos, desde a redução dos gastos públicos até o fim dos benefícios sociais turbinados em dezembro deste ano.
De acordo com Campos Neto, o Brasil continua com uma taxa de juros bastante elevada, e isso também enfraquecerá a economia em 2023. Além disso, a redução de tributos federais sobre os combustíveis também está com os dias contados.
Este cenário fez os economistas de mais de 100 instituições financeiras projetarem um crescimento de apenas 0,39% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. A saber, as estimativas para o crescimento da economia neste ano são mais animadoras, de cerca de 2%.
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PEC dos Benefícios impulsiona economia brasileira
Segundo o presidente do BC, a PEC dos Benefícios, que liberou mais de R$ 41 bilhões para o governo além do teto de gastos, estimulou a economia brasileira, ainda que de maneira leve.
Em resumo, a Emenda Constitucional nº 123 permitiu ao governo federal turbinar diversos benefícios, como o Auxílio Brasil e o vale-gás nacional. Ao mesmo tempo, o Planalto conseguiu criar programas para taxistas e caminhoneiros do país, pagando parcelas de R$ 1 mil aos trabalhadores.
Todo esse dinheiro gasto pelo governo fará a economia brasileira crescer ainda mais. O consumo de milhões de famílias ficará mais forte, resultando em um PIB mais robusto neste ano.
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Veja os desafios para 2023
Embora as expectativas para este ano sejam positivas devido aos benefícios sociais, o país não terá muito a comemorar em 2023. Em suma, os benefícios turbinados, bem como a redução de impostos, só durarão até dezembro deste ano. Isso quer dizer que o Brasil terá muitos desafios no próximo ano.
“E há a percepção de que essas medidas serão retiradas. Tanto medidas de auxílio quanto redução de impostos. Ano que vem tem a volta de parte disso. Então retrai um pouco [a economia]”, afirmou o presidente do BC, em evento transmitido pela internet.
“As pessoas conjugam fatores, que ano que vem será um ano de um arrocho maior na parte fiscal, de retirada de algumas medidas, é isso que o mercado entende. E, junto com o efeito de juros, que foi feito hoje que vai propagar ano que vem, isso faz com que as pessoas tenham estimativa de crescimento mais baixo”, acrescentou.
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