Economia brasileira ENCOLHE 0,55% em novembro, revela Banco Central

A economia brasileira encolheu 0,55% em novembro de 2022, na comparação com outubro. O resultado negativo é o quarto consecutivo e reflete a dificuldade que a atividade econômica do país vem enfrentando para se manter em campo positivo.

Em síntese, esses dados se referem ao Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado a ‘prévia’ do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Aliás, o BC divulgou os dados do indicador nesta sexta-feira (13).

Confira abaixo o desempenho mensal da economia brasileira em 2022, em comparação ao mês imediatamente anterior:

Janeiro: -0,52%
Fevereiro: +1,01%
Março: +1,19%
Abril: -0,50%
Maio: -0,54%
Junho: +0,99%
Julho: +1,87%
Agosto: -1,21%
Setembro: -0,11%
Outubro: -0,28%
Novembro: -0,55%

A saber, todos esses números passam por um ajuste sazonal para que haja “compensação” em relação aos períodos diferentes. Dessa forma, os dados refletem a realidade da variação econômica do país. Inclusive, as variações acontecem mensalmente, mesmo após a divulgação dos dados em meses anteriores.

Em síntese, essa é a maneira que o BC realiza o levantamento, apresentando dados ajustados e não apenas nominais.

De acordo com o Banco Central, o recuo em novembro refle uma desaceleração ainda mais forte da economia brasileira, uma vez que foi o mais intenso nos últimos três meses.

No entanto, na comparação com novembro de 2021, o IBC-Br teve um crescimento de 1,65%. Isso quer dizer que o nível de atividade econômica está mais fraco que o registrado em julho, último avanço da economia brasileira. Contudo, ainda assim, o dado do final deste ano é melhor que do mesmo período de 2021.

Economia brasileira tem parcial positiva em 2022

Com o acréscimo do resultado de novembro, a economia brasileira passou a registrar uma expansão de 3,26% no acumulado de 2022, sem ajuste sazonal. Já nos últimos 12 meses até novembro, o crescimento é um pouco menor, de 3,15%.

Em suma, o resultado parcial de 2022 mostra que a economia brasileira deverá fechar o ano com um crescimento firme em relação a 2021. Entretanto, a atividade econômica não conseguiu se manter em patamar muito mais elevado, como o visto em julho, e segue perdendo força nos últimos meses deste ano.

O resultado só não fica negativo porque o crescimento registrado no primeiro semestre foi bastante expressivo. Ao mesmo tempo, vale destacar que as quedas observadas entre agosto e novembro não foram tão elevadas a ponto de eliminar todo o ganho anual.

Seja como for, a expectativa é que a economia brasileira registre mais uma taxa negativa em dezembro. A trajetória vista nos últimos meses reflete a perda de fôlego da economia, mesmo com a liberação e a turbinada de benefícios sociais com a Emenda Constitucional nº 123.

Analistas projetam crescimento de 3,02% do PIB brasileiro

No início desta semana, o Banco Central divulgou o relatório Focus, que traz projeções de analistas do mercado financeiro sobre indicadores econômicos do país. Nesta atualização, os analistas projetaram que o PIB brasileiro deverá crescer 3,03% em 2022.

Para que essas estimativas possam se concretizar, o resultado de dezembro deverá ser negativo, reduzindo a taxa parcial de crescimento da economia brasileira em 2022, que caiu para 3,26% em novembro.

A saber, o BC também revelou as projeções de analistas para o PIB brasileiro em 2023. Em resumo, a atividade econômica deverá crescer 0,78% neste ano, segundo estimativas de analistas de mais de 100 instituições financeiras.

Vale destacar dois pontos dessa estimativa. O primeiro é a desaceleração econômica projetada para este ano, visto que os analistas não acreditam que o Brasil crescerá em 2023 como o fez em 2022.

Já o segundo ponto é o próprio crescimento esperado para a economia brasileira. Embora a desaceleração seja esperada, o resultado ainda deverá ser positivo, o que indica crescimento econômico. E esse fato já é melhor que qualquer eventual resultado negativo.

Entenda o indicador do BC

A saber, o IBC-Br é uma ‘prévia’ do PIB. Na verdade, o IBC-Br avalia a evolução da atividade econômica do Brasil e ajuda o Banco Central na tomada de decisões em relação à taxa básica de juros, a Selic.

Em suma, o indicador reúne informações sobre o nível de atividade dos três setores econômicos do país:

Indústria;
Comércio e serviços;
Agropecuária.

Além disso, o BC também contabiliza o volume de impostos arrecadados no país. Ao final de tudo isso, a entidade financeira divulga a prévia do PIB brasileiro. Contudo, vale destacar que esse não é o índice oficial do país para medir a atividade econômica.

O PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país. E o responsável pela divulgação desse indicador é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga os dados oficiais da economia brasileira.

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