O dólar comercial terminou a semana em um dos maiores preços do ano. Com uma valorização de 1,74% na semana, a moeda americana fechou cotada a R$5,50, o que representa a segunda semana consecutiva de alta. O preço é resultado de um temor mundial com uma recessão econômica, que afasta investidores de outros mercados.
Apesar disso, essa alta do dólar não afeta apenas o mercado financeiro. Com a moeda mais alta, a tendência é que a inflação no Brasil siga alta, principalmente por conta dos altos custos para a importação de produtos. Atualmente, diversos itens da cesta básica vêm de fora do Brasil.
Dólar fechou a semana em alta
Após iniciar a semana cotado a R$5,42, a moeda americana fechou o pregão dessa sexta-feira, 22, valendo R$5,50. A moeda vem ganhando muita força em relação a diversas moedas do mundo todo, não apenas frente à moeda brasileira. Isso acontece por conta de um medo de investidores com uma possível recessão nos Estados Unidos.
Apesar disso, o cenário é ainda pior na Europa. Por lá, economistas dão como certa a recessão econômica, principalmente por conta da forte dependência da matriz energética com o gás russo. Nessa semana, a Rússia voltou a fornecer gás natural para a Europa, mas investidores têm medo de que esse fornecimento acabe a qualquer momento. Com isso, eles vendem os ativos que possuem no mercado europeu e passam a comprar títulos americanos, cotados em dólar. Esse também é motivo pelo qual o dólar e o euro chegaram ao mesmo preço no mercado internacional nas últimas semanas.
Ao analisar o poder do dólar em relação a outras moedas, a semana foi de leve queda. O índice DXY, que mostra a preferência do dólar em relação a outras moedas fortes no mundo, passou de 107.412 pontos para 106.544, uma queda de 0,81%. Apesar disso, a queda é fraca diante da alta anual, que já passa dos 10%.
Reprodução AdobeStock
É hora de comprar a moeda americana?
Com o dólar cotado a R$5,50, algumas pessoas que desejam viajar para o exterior se perguntam se é a hora certa para comprar a moeda americana. Contudo, especialistas dizem que o câmbio não está favorável ao Brasil, que viu o dólar ficar abaixo de R$5,00 há alguns meses. Por isso, é hora de esperar os preços normalizarem.
Por outro lado, quem quer viajar para a Europa está com uma grata surpresa. Isso porque o euro está cotado a R$5,61. O câmbio é mais caro que o dólar, mas historicamente o preço da moeda europeia fica de 20% a 30% mais cara que a moeda americana. Atualmente, o euro está 2% mais caro que o dólar, um dos menores patamares dos últimos 20 anos. Com isso, é fácil dizer que o euro está bem barato. No dia 23 de julho de 2021, há exatamente 1 ano, a cotação era de R$6,21.
Dessa forma, você pode recorrer a casas de câmbio para fazer as suas operações. Atualmente, algumas fintechs possuem o câmbio com o dólar comercial, com baixas taxas de serviços e um IOF abaixo do cartão de crédito. Por isso, é sempre uma excelente ideia pesquisar as melhores formas de fazer a conversão para o dólar e também para o euro.
O post Dólar fecha a semana em alta e encosta em R$5,50 apareceu primeiro em Brasil123.
