Os motoristas do país tiveram que gastar mais em 2022 para abastecer seus veículos com o óleo diesel S10. A saber, o litro do combustível custou, em média, R$ 6,42 na semana passada. No entanto, no mesmo período de 2021, o preço médio era de R$ 5,41 no país.
Em suma, o diesel ficou R$ 1 mais caro em um ano, o que representa uma alta de 18,67% no período. Pelo menos é isso que revelam os dados levantados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Embora a alta seja expressiva, vale destacar que o preço do diesel chegou a subir a níveis bem mais elevados no país em 2022. Em síntese, o combustível bateu recorde na semana encerrada em 25 de junho, com o litro custando, em média, R$ 7,57 nos postos do país.
Contudo, o preço do diesel caiu por 16 semanas consecutivas após esse recorde devido à lei complementar que limitou a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. A lei entrou em vigor no país em junho, e derrubou o preço do diesel em mais de 12% até o início de outubro.
Além disso, a Petrobras promoveu vários reajustes no preço do combustível para as distribuidoras do país. O último ocorreu no último dia 7 de dezembro, quando a estatal reajustou em 8,2% o preço do diesel para as refinarias. E todas essas reduções acabam chegando aos motoristas, mesmo que de maneira mais tímida.
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Preço do diesel deve subir mais em 2023
Em meados deste ano, o governo Bolsonaro sancionou um projeto que estabeleceu a chamada “monofasia” do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Assim, o ICMS, que é um tributo estadual, passou a incidir sobre os combustíveis uma única vez.
Isso aconteceu para que houvesse uma mudança no chamado “efeito cascata”, caracterizado pela incidência por mais de uma vez do tributo ao longo da cadeia de produção dos combustíveis.
Essa decisão beneficiou os motoristas, que viram os preços da gasolina, do diesel e do etanol recuarem entre junho e outubro no país. Contudo, a decisão tem um prazo de validade: 31 de dezembro. E a prorrogação dessa medida não deverá acontecer.
De acordo com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deverá prorrogar a isenção dos impostos, pois deseja avaliar os impactos da medida.
Em outras palavras, prepare o bolso para pagar mais caro pelo diesel. Segundo um levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o litro do combustível deverá ficar 33 centavos mais caro no país.
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