Desemprego cai para menor nível desde 2015 e surpreende brasileiros

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou na manhã desta quarta-feira (30), que a taxa de desemprego registrou mais um recuo no Brasil. No trimestre encerrado em outubro, esta taxa caiu para 8,3%. Estamos falando do menor patamar de desemprego para este período desde o ano de 2014.

A nova taxa ficou abaixo do que estava sendo esperado pelo mercado. As projeções mais recentes indicavam que o desemprego cairia para 8,5%. Assim, mesmo que a diferença não seja grande, o número acabou surpreendendo positivamente, e revelou um cenário de melhora na situação de emprego no país.

Quando se compara com o trimestre anterior, entre os meses de maio a julho, a queda foi de 0,8 ponto percentual. De todo modo, se compararmos com o mesmo trimestre do ano passado, entre agosto e outubro de 2021, a queda apresentada foi de 3,8 pontos percentuais.

Os dados do IBGE mostram uma queda contínua no número de desempregados. Quando se analisa os dados completos, é possível perceber que o número de brasileiros que procuravam trabalho e não encontravam nada era de 9,9 milhões em julho, passou para 9,5 milhões em setembro, e agora atinge a marca dos 9 milhões.

Já o contingente de pessoas ocupadas atingiu a marca dos 99,7 milhões. Segue sendo um recorde histórico considerando a série de pesquisas iniciada em 2012. “Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, Adriana Beringuy, coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em nota.

População desempregada

É importante lembrar que o cálculo do IBGE para descobrir qual é o tamanho da população desocupada e ocupada leva em consideração apenas as pessoas que buscam emprego. Um cidadão que nem tenta encontrar um trabalho não entra neste cálculo.

De toda forma, os novos números divulgados indicam um cenário de leve melhora em todas estas áreas, com cidadãos conseguindo entrar no mercado de trabalho não apenas informal.

Crescimento de carteiras assinadas

Dados do IBGE revelam que considerando o trimestre terminado em outubro, é possível perceber que o número de empregados com carteira assinada cresceu 3,3% quando comparado com o trimestre anterior.

Em números totais, estamos falando de uma elevação de cerca de 822 mil pessoas, elevando o número de trabalhadores formais para a casa dos 36,6 milhões.

“Esse índice segue em alta há mais de um ano, o que mostra não apenas que o mercado de trabalho está em expansão numérica de ocupados, mas também apresentando algum crescimento na formalização da população ocupada”, diz Beringuy.

Vacinação x emprego

Analistas afirmam que a melhora nos números de emprego no Brasil pode ser explicada pelo ritmo da vacinação contra a Covid-19 no país. Hoje, a avaliação de especialistas na área econômica e da área da saúde é de que a imunização fez com que mais pessoas pudessem trabalhar.

Com mais mão de obra, os empregadores sentiram mais segurança para contratar empregados, já que estão confiantes de que a pandemia não deve voltar com força em um futuro próximo.

Seja como for, especialistas na área de saúde recomendam cautela e uso de máscaras para que o país consiga barrar uma nova onda de infecção. O objetivo é fazer com que os ganhos recentes na área de emprego não sejam desperdiçados por uma nova leva de internações por Covid-19.

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