Depósitos futuros do FGTS para comprar casa. Veja!
A partir de fevereiro, o trabalhador poderá comprar a casa própria com o FGTS de uma forma diferente. Isso porque o trabalhador poderá usar as parcelas futuras do fundo de garantia como entrada. Para isso, o Governo Federal adiantará os valores para o cidadão e quando as parcelas caírem na conta, o valor será destinado aos credores.
A informação já saiu no Diário Oficial da União (DOU) na última quinta-feira (8). A portaria autoriza os depósitos futuros para fazer compras pelo Casa Verde e Amarela. Com essa novidade, será que vale a pena usar essa ferramenta?
Depósitos futuros do FGTS entram em vigor em fevereiro
A partir de fevereiro de 2023, o Governo Federal permitirá o uso de parcelas futuras do FGTS para a compra de imóveis no Casa Verde e Amarela. A ideia do governo é desovar o grande estoque de imóveis desocupados que foram feitos através do programa. Além disso, com essa modalidade, existe a possibilidade de o trabalhador fugir de grandes taxas de financiamentos.
Contudo, nem todo mundo poderá usar o benefício. Isso porque ficou estipulado que apenas famílias com renda mensal bruta de até R$ 4,4 mil pode utilizar o depósito futuro do FGTS. As demais regras do programa não foram afetadas pela medida. Além disso, essa nova modalidade funciona como um consignado do FGTS, que usará o valor para aumentar o valor da prestação paga, sem que o trabalhador precise desembolsar valores maiores para efetuar o pagamento.
No Brasil, o valor dos imóveis subiu bastante nos últimos anos. Segundo um estudo da Zap, o preço dos imóveis subiu mais de 30% no Brasil no ano de 2021. Nesse ano, algumas localidades seguem vendo o preço da casa própria ficar cada vez mais alta. Com isso, as famílias de menor renda perdem o acesso à casa própria, justamente pelo difícil acesso e pelas altas taxas de financiamentos.
Foto: Reprodução
Os riscos também são enormes
Apesar de ter uma excelente vantagem para o trabalhador de aumentar a parcela paga sem aumentar o valor desembolso mensal, a medida do depósito futuro do FGTS é arriscada. Isso porque as coisas podem dar muito erradas em caso de demissão, quando o trabalhador pode ficar sem o imóvel e também sem o próprio fundo de garantia.
Em caso de demissão, o valor da parcela é convertido automaticamente em uma parcela a ser paga no boleto. Com isso, quem pagava R$500 mensais mais R$200,00 de FGTS, por exemplo, passaria a ter uma prestação de R$700,00. Além disso, como o FGTS mensal pode ser do valor da prestação, as contas do fundo de garantia poderia ficar zeradas. Com isso, em caso de demissão, o trabalhador teria a multa de 40% do FGTS e o seguro-desemprego por um prazo determinado. Posteriormente, teria de arranjar outro emprego para manter os pagamentos.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional disse que os bancos tomam o risco das operações, como já acontece atualmente. Além disso, ele diz que a regra de pausa no pagamento das prestações por até seis meses para quem fica desempregado seguirá valendo.
Dessa forma, antes de optar pelo depósito futuro do FGTS, faça sempre um planejamento financeiro.
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