O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta semana para definir os novos caminhos da política monetária do Brasil. O encontro de dois dias está marcado para se iniciar amanhã, e a decisão será anunciada na quarta-feira (21).
A expectativa da maioria dos analistas é que haja a taxa básica de juros do país, a Selic, mantenha-se estável. Caso a previsão se confirme, a Selic permanecerá a 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro 2016.
Em resumo, essa estabilidade sucederá 12 avanços seguidos da taxa de juros no Brasil. A saber, o BC começou a apertar a política monetária no país em março do ano passado, quando promoveu a primeira alta da taxa Selic. E os avanços continuaram até agosto, mas perderam a força nos últimos encontros.
Vale destacar que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou no início deste mês que a “batalha não está ganha”, referindo-se à inflação no Brasil. Em outras palavras, ele disse que a entidade financeira continuará atenta ao cenário inflacionário do país.
Entenda por que a inflação CAI, mas os preços continuam altos
Entenda a Selic
A saber, o principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação no país. Em suma, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor. Como consequência, desaquece a economia do país, limitando o avanço da chamada “inflação por demanda”.
Quando a Selic sobe, encarece o crédito, reduzindo a busca das pessoas por empréstimos. Dessa forma, o consumo tende a diminuir, uma vez que a população tem menos dinheiro em mãos.
Como a demanda diminui, os preços também tendem a cair, ou seja, a inflação desacelera, mas isso só acontece com o tempo. Isso explica as constantes altas da Selic desde o ano passado.
Por fim, economistas afirmam que a alta da Selic é um “remédio” amargo, mas necessário para o país. Resta esperar para ver se a população terá que “engolir” mais uma dose de juros.
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