O governo federal teve um resultado financeiro bastante negativo em novembro deste ano. A saber, as contas do governo fecharam o penúltimo mês do ano com um rombo de R$ 14,7 bilhões.
Aliás, em valores corrigidos pela inflação, este é o sexto pior resultado para meses de novembro deste 1997, quando a série histórica teve início.
O rombo nas contas recebe o nome de déficit primário. Em síntese, isso acontece quando as despesas do governo superam as receitas. No entanto, vale destacar que o pagamento de juros da dívida pública não entra nesta conta.
Quando ocorre o contrário e as receitas superam as despesas, tem-se superávit primário. A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou os dados nesta quarta-feira (28).
A título de comparação, as contas do governo tiveram um superávit primário de R$ 4,2 bilhões, em valores nominais, em novembro de 2021. E essa grande diferença em um ano ocorreu por dois principais motivos:
Redução da receita do governo federal, principalmente devido à redução de arrecadação com os impostos federais IPI e Cofins;
Aumento das despesas federais, em especial com o Auxílio Brasil e com benefícios previdenciários, que tiveram crescimento no número de beneficiários.
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Contas do governo estão positivas em 2022
De acordo com o BC, as contas públicas estão com um excelente resultado em 2022. Apesar de ter registrado um rombo expressivos em novembro, o país acumula um superávit de R$ 49,3 bilhões no ano, em valores nominais.
Aliás, na comparação com o mesmo período de 2021, o resultado é praticamente o inverso. A saber, as contas do governo haviam acumulado um déficit primário de R$ 48,9 bilhões entre janeiro e novembro de 2021.
A última estimativa do Ministério da Economia aponta para um superávit de R$ 36,9 bilhões em 2022. Isso quer dizer que as contas do governo federal deverão encerrar dezembro com mais um rombo expressivo.
Ainda assim, o resultado anual ficará positivo, diferentemente dos últimos oito anos, já que as contas públicas vêm registrando déficit desde 2014.
Em 2020, o Brasil teve um rombo recorde de R$ 743,087 bilhões devido à pandemia da Covid-19. Em suma, o país realizou diversos gastos extraordinários para combater a crise sanitária e adiou a arrecadação de diversos impostos pelo mesmo motivo, gerando um déficit enorme.
Já em 2021, o país teve um saldo negativo de R$ 35,073 bilhões, resultado 95,3% menor do que o rombo verificado em 2020.
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