Consignado do Auxílio Brasil: negativados poderão solicitar

Após o empréstimo consignado do Auxílio Brasil ter sido anunciado, gerou expectativa para diversos brasileiros beneficiários do programa de transferência de renda do governo federal. O empréstimo já foi sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no entanto, ainda existe a necessidade da regulamentação por parte do Ministério da Cidadania. 

Nesse sentido, segundo declarações realizadas ainda neste mês, a expectativa é que o empréstimo consignado esteja disponível para os beneficiários do Auxílio Brasil ainda no início do mês de setembro.

O empréstimo consignado é uma modalidade que o beneficiário possui o valor das parcelas do empréstimo descontado direto da folha de pagamento. Nesse sentido, o desconto é realizado diretamente no salário do beneficiário ou de sua aposentadoria.

Com isso, o que talvez muitos não saibam é que o empréstimo consignado permite que mesmo as pessoas que estejam negativadas (famoso nome-sujo) possam solicitar o empréstimo, justamente pelo fato do valor ser descontado diretamente da folha do pagamento, neste caso, do pagamento do Auxílio Brasil.

Como solicitar o empréstimo consignado?

Atualmente, os beneficiários do Auxílio Brasil ainda não podem solicitar o empréstimo consignado através das instituições financeiras autorizadas. No entanto, algumas instituições, como o BPC e o Banco Pan já têm ofertado a modalidade, mas se trata apenas de uma etapa de coleta de dados.

Dessa forma, o crédito só poderá ser liberado oficialmente após o governo federal de fato regulamentar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Segundo o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, atualmente, já existem 17 instituições financeiras homologadas e aptas à concessão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.

Riscos em relação ao empréstimo

É importante que os beneficiários do Auxílio Brasil que desejam solicitar o empréstimo consignado estejam atentos aos riscos associados à obtenção do crédito. É possível que os juros cobrados possam ser até três vezes maiores que outros empréstimos consignados que estão disponíveis no mercado, como os de aposentados ou funcionários públicos.

César Bergo, economista e professor de Mercado Financeiro da Universidade de Brasília, alerta para que as pessoas estejam atentas ao assédio das instituições financeiras, para que elas não caiam em golpes. O professor também ressaltou a importância da educação financeira, principalmente para o público de renda mais baixa.

“É importante esse alerta para que as pessoas possam agir de maneira racional e não emocional [na aquisição de empréstimos”, disse em entrevista à Rádio Nacional. “Muitas vezes, elas não têm noção do que é juros, do que é empréstimo”, disse. 

“De repente, ela assume uma dívida, depois o que ela recebe para se manter já é pouco e fica menor ainda. Porque o objetivo maior dessa ajuda é pessoas que, muitas vezes, estão totalmente fora do mercado de trabalho e não tem outra renda”, disse o professor.

Contudo, o economista também ressalta que o estabelecimento do consignado é positivo, dado que abre um mercado de crédito para esse público investir em seu bem-estar e na melhoria da qualidade de vida, como na aquisição de bens duráveis de maior valor ou até mesmo para o pagamento de dívidas que possuem juros mais altos. “Ela pode pegar o empréstimo e liquidar a dívida do cartão de crédito, por exemplo, e ficar com juros menores, pagando prestação mensal”, completou.

 

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