Os empresários industriais do país se mostraram menos pessimista com o desempenho do setor em dezembro deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,2 ponto neste mês.
Com o acréscimo desse resultado, o ICI chegou a 93,3 pontos em dezembro, permanecendo em campo pessimista. Contudo, o que vale destacar que o crescimento da confiança dos empresários industriais do país após três meses de aumento do pessimismo.
Em resumo, taxas do ICI acima de 100 pontos refletem otimismo do setor, enquanto números abaixo desse patamar refletem o pessimismo da indústria brasileira. E os empresários industriais estiveram um pouco menos pessimistas neste mês, em relação a novembro.
“Após três meses em queda, a confiança da indústria melhorou em dezembro, mas não foi suficiente para recuperar as perdas sofridas no ano. Parte da indústria sofreu com problemas de insumos, e outra com redução de demanda levando a um aumento dos estoques em 2022” disse Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.
“Apesar da melhora pontual, o nível de confiança segue baixo em todas as categorias de uso e na maior parte dos segmentos”, acrescentou.
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Crescimento da confiança da indústria foi disseminado
A saber, o ICI possui dois componentes, um sobre o presente e outro que reflete as expectativas com o futuro. Em síntese, o Índice Situação Atual (ISA) subiu 2,0 pontos neste mês, para 93,8 pontos.
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) teve leve alta de 0,2 ponto, para 92,8 pontos. Essa pontuação é uma das menores desde meados de 2020, época em que o país estava em lockdown devido à pandemia da covid-19.
Embora os dados ainda reflitam pessimismo dos empresários, o resultado de dezembro foi bastante otimista. Em suma, a confiança cresceu em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem neste mês.
“O resultado de dezembro mostra uma melhora da situação atual influenciada por ligeiro aumento na demanda e melhora dos estoques”, explicou Stéfano Pacini.
“Em relação às percepções de futuro, os empresários seguem cautelosos quanto às contratações possivelmente influenciados por um cenário de desaceleração econômica e política monetária contracionista”, disse o economista.
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