Confiança da indústria volta a subir, após oito meses em queda

Por Em 27 abr, 2022

O setor industrial do país vinha se mostrando bastante pessimista nos últimos meses, mas isso mudou em abril, pelo menos em partes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 2,4 pontos em abril deste ano.

A saber, essa alta interrompe uma sequência de oito meses consecutivos de queda. Aliás, o ICI subiu para 97,4 pontos neste mês, mas segue negativo em médias móveis trimestrais (-0,3 ponto). Seja como for, o avanço pode indicar a volta do otimismo dos empresários industriais do país.

“Influenciada pela redução dos problemas com o fornecimento de insumos e pelas passagens do surto da variante da Ômicron e do momento de maior pessimismo com os potenciais impactos da Guerra Rússia-Ucrânia, a alta da confiança industrial em abril pode ser interpretada como um movimento no sentido da normalização das atividades no setor”, disse Aloisio Campelo Jr., economista do FGV Ibre.

“Os indicadores relacionados ao momento presente caminham para níveis de neutralidade e as expectativas tornaram-se menos pessimistas com destaque para as avaliações favoráveis em relação à demanda externa”, acrescentou o economista.

Setor está mais confiante em relação ao presente e ao futuro

Segundo os dados apresentados pelo FGV Ibre, o setor industrial se mostra mais otimista tanto em relação ao presente quanto aos próximos meses. Em resumo, a indústria brasileira vinha operando com estoques insuficientes ou menores que o desejável nos últimos meses, o que enfraquecia a confiança do setor.

Contudo, houve uma mudança neste mês. com o indicador de estoques revelando que a indústria brasileira está operando com estoques excessivos, ou acima do desejável. Já o indicador de demanda total encerrou o mês em forte alta, após nove quedas consecutivas.

Vale destacar que os indicadores de confiança disponibilizam informações importantes para o mercado. Em síntese, ajudam a determinar a ação dos agentes responsáveis por cada setor, antecipando fatos futuros.