Comerciantes permanecem confiantes com a retomada do setor
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta quarta-feira (27) os dados mais recentes do seu levantamento sobre o comércio brasileiro. A saber, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 1,5% em julho, alcançando 123,1 pontos.
Em resumo, o avanço foi o quarto consecutivo, mantendo o indicador de confiança na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, pelo 13º mês consecutivo. Aliás, na comparação com julho de 2021, o otimismo dos comerciantes cresceu 14,2% no país.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o crescimento do Icec continua acontecendo devido à retomada do consumo no país. Em suma, a pandemia da covid-19 enfraqueceu o setor, que segue se recuperando. Além disso, o aumento dos valores pagos por benefícios sociais ajudou a aumentar a confiança dos comerciantes em dados mais positivos.
“A despeito da inflação ao consumidor e dos juros mais altos, o desempenho positivo das vendas no varejo tem impactado de maneira favorável a percepção dos empresários sobre as condições de operação do comércio e o desempenho da própria empresa”, disse Tadros.
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Setor de vestuário é o mais otimista
Segundo a CNC, os comerciantes de artigos de vestuário, tecidos, acessórios e calçados são os mais otimistas do país. A saber, o índice de confiança desta atividade alcançou 131,6 pontos em julho, crescimento de 38% em relação ao mesmo mês de 2021. Essa disparada é reflexo da “retomada de eventos, viagens, lazer, entretenimento fora de casa e o próprio trabalho presencial”, disse a CNC.
Contudo, vale destacar que as incertezas econômicas ainda estavam presentes neste levantamento. Em síntese, muitos comerciantes temem que o setor tenha dados mais fracos devido à elevação da inflação e dos juros, bem como às eleições presidenciais.
“Embora o segundo semestre do ano concentre as datas comemorativas mais importantes do comércio, as incertezas econômicas provocadas pela corrida eleitoral e a combinação de inflação e juros altos balancearam as perspectivas para o desempenho da economia e do próprio comércio”, explicou Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa.
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