Os comerciantes do país se mostraram otimistas em setembro com o desempenho do setor. A saber, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), subiu 2,4 pontos neste mês.
Com esse avanço, o indicador passou de 99,4 para 101,8 pontos. Em resumo, esse é o maior nível do índice desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). Além disso, a faixa indica leve otimismo dos comerciantes, enquanto o número de agosto refletia ainda um leve pessimismo.
Na verdade, taxas superiores a 100 pontos correspondem ao otimismo do comércio, enquanto números abaixo de 100 pontos indicam pessimismo.
“A confiança do comércio subiu pelo segundo mês consecutivo. A diferença entre agosto e setembro está na composição do resultado. Enquanto no mês anterior, a alta foi totalmente influenciada pelas expectativas, nesse mês houve recuperação nos indicadores que medem a percepção sobre o momento presente”, explicou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
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Mercado de trabalho e da inflação aumentam confiança
Em setembro, o que ajudou a impulsionar a confiança dos comerciantes foram a melhora dos dados relacionados ao mercado de trabalho do país e a redução da inflação. Ambos os fatores são essenciais para indicar o futuro do comércio brasileiro, pois afetam diretamente a renda da população.
“Essa melhora parece estar relacionada com a recuperação da confiança do consumidor nos últimos meses, do mercado de trabalho, desaceleração da inflação, além de algumas medidas de estímulos do Governo”, disse Tobler.
Vale destacar que a Emenda Constitucional nº 123, que permitiu ao governo gastar R$ 41,2 bilhões além do teto de gastos. Com esse dinheiro extra, o governo turbinou programas já conhecidos, como o Auxílio Brasil e o vale-gás nacional, além de ter criado benefícios para os motoristas de caminhão e de táxi do país.
Neste mês, a confiança dos comerciantes avançou graças à alta registrada tanto pelo Índice de Situação Atual (+1,5 ponto), quanto pelo Índice de Expectativas (+3,4 pontos). Contudo, não esses dois meses consecutivos de alta ainda não indicam que esse será o caminho dos próximos meses.
“A continuidade dessa trajetória positiva ainda é incerta no médio-longo prazo porque depende também da continuidade de melhora do ambiente macroeconômico”, ponderou Rodolpho Tobler.
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