Cartão de crédito lidera dívidas entre brasileiros; veja dicas para usá-lo

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que 77,3% das famílias brasileiras estavam endividadas em junho de 2022. Além disso, 28,5% da população do país tinha dívidas atrasadas, ou seja, esses consumidores estavam inadimplentes.

No mês passado, o percentual de endividamento em cartão de crédito recuou em relação a maio (88,5% para 86,6%). Em resumo, a modalidade lidera com muita folga o ranking nacional, quase cinco vezes acima do segundo tipo de dívida mais realizado pelos brasileiros, os carnês de loja (18,3%).

Uma das explicações para isso é que muitas famílias passaram a utilizar o cartão de crédito para comprar alimentos, algo que só era feito a dinheiro ou cartão de débito no passado.

O que vem provocando essa mudança de hábito de consumo é a inflação elevada no Brasil, que chegou a 11,89% a ritmo anual, em junho. A saber, inflação corresponde ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços.

Cuidado para não cair na inadimplência com o cartão de crédito

Por isso, os consumidores precisam tomar cuidado para não utilizar de maneira errada o cartão de crédito. Especialistas afirmam que há um risco elevado de cair na inadimplência com essa modalidade de pagamento, pois as dívidas tendem a ser feitas espaçadamente, mas o pagamento é de uma única vez. E, muitas vezes, o valor assusta.

Seja como for, veja abaixo algumas dicas para fugir dessa realidade. Assim, o cartão de crédito será utilizado como um aliado, e não como um inimigo.

1- Reduza o número de cartões

Segundo uma pesquisa realizada pelo Serasa eCred, cerca de 47% dos consumidores tem quatro ou mais cartões de crédito. Isso é bastante perigoso, pois gastos separados dão a sensação de dívidas menores.

Contudo, no final do mês, ao somar a conta de todos os cartões, o valor muitas vezes supera a renda das pessoas. Esse cenário empurra os brasileiros para a inadimplência, pois eles não têm como pagar todas as faturas. Por isso, tente reduzir o número de cartões, bem como os seus gastos.

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2- Fique atento às datas de vencimento dos cartões

Os brasileiros também precisam se esforçar para pagar as contas em dia. O atraso das faturas, mesmo que por poucos dias, gera juros e multas na fatura seguinte. Isso não é bem visto pelo mercado e dificulta a chance de conseguir juros mais baixos e parcelamentos mais longos.

Além disso, a taxa básica de juro da economia, a Selic, está no maior nível dos últimos cinco anos. Isso faz os juros do cartão de crédito dispararem, ou seja, o consumidor que atrasar o pagamento da fatura pagará bem mais caro por suas dívidas.

3- Avalie a sua condição financeira

Por fim, há uma terceira dica bastante importante. A saber, as pessoas que têm cartão ou que pretendem adquirir algum devem avaliar a situação financeira em que se encontram, bem como entender se realmente precisam de um cartão de crédito.

Em suma, é importante se atentar aos custos envolvidos, como anuidade, por exemplo. Nesse momento de juros elevados, o mais indicado é evitar dívidas parceladas e que podem crescer com o tempo em caso de atraso.

Leia também: Mercado financeiro reduz projeções para inflação no Brasil em 2022

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