Brasil continua com os JUROS REAIS MAIS ELEVADOS do mundo
Nesta quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juro da economia brasileira estável, em 13,75% ao ano. Essa decisão sucede 12 avanços consecutivos dos juros no país, que vêm subindo desde março do ano passado.
Aliás, a estabilização da taxa Selic não retirou o Brasil da liderança do ranking mundial dos juros reais. Em resumo, a lista desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, e o Brasil segue na liderança desde maio.
A saber, os juros reais no país estão a 8,22% ao ano com a Selic em 13,75%, segundo um levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. A propósito, o levantamento engloba 40 países, incluindo Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, maiores economias do planeta.
Brasil: 8,22%;
México: 5,13%;
Colômbia: 3,86%;
Chile: 3,38%;
Indonésia: 2,62%;
Hungria: 2,13%;
Argentina: 2,01%;
Hong Kong: 1,99%;
Filipinas: 1,72%;
África do Sul: 1,69%;
Índia: 1,26%;
Israel: 0,99%;
Malásia: 0,31%.
Todos os demais países do levantamento apresentaram taxas negativas de juros reais. Em suma, a Turquia ficou na última posição, com um juro real negativo de 13,45%. Também tiveram taxas negativas intensas: República Checa (-7,06%), Holanda (-6,25%), Bélgica (-6,08%), Grécia (-5,99%), Espanha (-5,99%).
Entre as maiores economias do planeta, a China teve uma taxa de juros levemente negativa (-0,35%), ocupando a 15ª posição. Por sua vez, os Estados Unidos ficaram em 19º (-1,32%), seguido de perto pelo Japão (-1,34%). Já a Alemanha ficou na 33ª posição, com uma taxa de -5,21%.
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Brasil fica na segunda posição no ranking de juros nominais
Além disso, o levantamento também revelou as taxas de juros nominais entre os 40 países. Isso quer dizer que o ranking se refere ao valor nominal dos juros, sem descontar a inflação.
Em suma, o Brasil ficou em segundo lugar, com a taxa de 13,75%. Nesse ranking, a Argentina liderou a lista, com a taxa básica de juro da economia atingindo expressivos 75,00% ao ano.
A saber, a Argentina vem tentando sair de uma recessão econômica desde 2018. No ano passado, a inflação disparou 50,9% no país, uma das maiores taxas do mundo. E isso explica o motivo de os juros estarem tão elevados e, mesmo assim, o país ter uma taxa bem tímida em relação ao juro real.
O top cinco nos juros nominais ainda traz a Turquia (13,00%), a Hungria (11,75%) e o Chile (10,75%). Entre as quatro maiores economias globais, as taxas foram as seguintes: China (4,35%, em 13º lugar), Estados Unidos (3,25%, em 17º), Alemanha (1,25%, em 29º) e Japão (-0,10%, em 39º).
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