Brasil bate NOVO RECORDE de demissões voluntárias em 12 meses
O Brasil registrou 6,466 milhões de pedidos de demissão no acumulado dos últimos 12 meses até julho. Esse é o maior patamar anual já registrado pela série, iniciada em janeiro de 2020. Aliás, é um novo recorde para o país, cuja população ainda sofre para retornar ao mercado de trabalho.
Na segunda-feira (29), o Ministério da Economia revelou que o Brasil criou 218,9 mil empregos em julho. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Inclusive, a LCA Consultores analisou os microdados disponibilizados pelo Caged e divulgou os dados dos pedidos de demissões no país.
De acordo com o levantamento, o Brasil está vivendo uma onda de demissões voluntárias. Essa tendência já estava sendo vista desde 2021, e os dados mais atuais confirmam o cenário atual no mercado de trabalho do país.
Em resumo, 32,4% do total das demissões ocorridas nos últimos 12 meses até julho foram a pedido do trabalhador. A propósito, os dados se referem ao mercado de trabalho formal, ou seja, aos postos de trabalho com carteira assinada.
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Recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia
Segundo o levantamento, o Brasil sofre com o aumento das demissões voluntárias no acumulado de 12 meses desde setembro de 2020. De lá pra cá, os números só fizeram crescer, ganhando força a partir de abril do ano passado.
Ao analisar os dados mensais, março teve o recorde de demissões voluntárias no Brasil, com mais de 600 mil pedidos de desligamentos. Veja os números dos sete primeiros meses de 2022:
Janeiro: 544,5 mil pedidos de demissão;
Fevereiro: 560,3 mil;
Março: 603,1 mil;
Abril: 553,8 mil;
Maio: 572,4 mil;
Junho: 558,9 mil;
Julho: 588,8 mil.
Em suma, o levantamento vem revelando que o retorno do trabalho presencial está impulsionando o número de demissões voluntárias. Isso porque muitos trabalhadores passaram a exercer suas atividades em home office devido à pandemia da covid-19, e agora estão repensando o retorno ao trabalho presencial.
Por exemplo, não ter que pegar trânsito e passar mais tempo com a família são fatores que estão pesando mais que uma remuneração mais elevada em um trabalho presencial.
Além disso, a melhora no quadro da pandemia no Brasil permite que muitos trabalhadores voltem para cargos mais adequados a suas qualificações. No início da crise sanitária, muita gente precisou aceitar empregos com pouca afinidade à sua formação, mas esse cenário vem mudando gradativamente.
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