Bolsonaro quer Braga Netto como vice em 2022
Segundo bastidores do cenário político, o presidente Jair Bolsonaro quer o atual ministro da Defesa, General Braga Netto, como seu vice para a chapa de 2022. A informação, divulgada pela jornalista Andréia Sadi, viria como uma defensiva de Bolsonaro contra um possível processo de impeachment, caso saia eleito da próxima votação.
Apesar disso, os partidários do governo sugerem um nome mais ligado ao bloco chamado “centrão”, do qual faz parte o seu atual partido, o PL. Após fechar casamento com a sigla, Bolsonaro busca se aproximar de partidos mais independentes.
Porque Braga Netto?
A escolha de Bolsonaro por Braga Netto não é à toa. Em 2018, na busca por apoio de partidos, o atual presidente escolheu Hamilton Mourão por uma questão de coligação. Contudo, desde o início do mandato, é visível que Bolsonaro e seu vice não se dão bem e, inclusive, discordam em pautas significativas para o governo, como a sustentabilidade.
Dessa forma, o atual presidente estaria buscando alguém mais alinhado com suas ideias. Isso porque os mais de 130 processos de impeachment abertos parecem não ser suficientes para desligá-lo do cargo agora, mas nada impede que sejam suficientes em uma possível reeleição. Dessa forma, mesmo deixando o cargo, Bolsonaro teria alguém de confiança no cargo. Isso permitiria a continuidade das políticas do atual governo, sem muito prejuízo às pautas econômicas e sociais.
Ainda, as fontes entrevistadas pela jornalista Andréia Sadi afirmam que Bolsonaro acredita que um militar no posto, como Braga Netto, diminuiriam as chances do impedimento. Isso porque caso saísse, um militar assumiria a presidência. O Congresso não gostaria disso. Dessa forma, ele busca se blindar da oposição e se consolidar no cargo. Contudo, partidos aliados afirmam que o presidente deveria buscar alguém do nordeste, de modo a diminuir as margens do Partido dos Trabalhadores (PT) na região.
Nomes políticos?
Os partidos aliados a Bolsonaro preferem nomes mais políticos, evitando a ideologia dentro da escolha dos cargos. Segundo eles, as pesquisas, que mostram Bolsonaro perdendo em todos os cenários, evidenciam a necessidade de se tornar mais popular. Ainda, aliados afirmam que é a hora de agir estrategicamente.
Contudo, Andréia Sadi afirma que um dos entrevistados, aliado do governo, afirmou que Bolsonaro “tem mania de teorias da conspiração”, o que dificultaria a influência de aliados na escolha do vice. A escolha por um vice não é apenas um problema de Bolsonaro.
Vale lembrar que LulaLula também busca uma orientação mais a centro do espectro político. A ideia é que os candidatos já tem seus “fiéis”, e agora buscam angariar os votos dos indecisos ou, ainda, da terceira via, em um potencial segundo turno entre os dois candidatos.
Nos outros partidos, Doria e Moro conversam sobre uma possível chapa. Contudo, tanto um quanto o outro já descartam a possibilidade. Apesar disso, nos bastidores, aliados afirmam que a tese ainda está de pé, dado que uma terceira via forte por levar os candidatos ao segundo turno.