Bitcoin fica estável, mas ainda em patamares baixos
Depois de dias conturbados, com fortes quedas e perda de valor, o bitcoin fecha a semana com uma leve alta. Contudo, a principal característica da semana foi a baixa volatilidade do ativo, que teve negociações mais tranquilas durante a semana. O cenário atual serviu para investidores revisem seus investimentos e até mesmo fazer compras da criptomoeda.
Contudo, analistas ainda acreditam que há espaço para queda. Por isso, segue a recomendação para que os investidores coloquem pouco dinheiro no ativo, pelo menos até o mercado retomar a confiança nos preços do Bitcoin.
Semana de alta, mas sem animação
Depois de dias em que a moeda perdeu mais de 30% de seu valor de mercado, o Bitcoin subiu de segunda até o fim do dia de hoje, 24. Na semana, a alta da criptomoeda foi de quase 5,50%, rendendo mais que seus pares, como o Ibovespa. Por outro lado, ficou atrás de índices importantes, como Nasdaq e S&P 500, as bolsas americanas.
A retomada de preços, segundo analistas, é por conta da alta queda recente da criptomoeda. Quando há uma queda brusca, investidores tendem a comprar a moeda de forma rápida, segurando os preços do bitcoin. Contudo, especialistas dizem que ainda há espaço para queda. Projeções das assets brasileiras sugerem que a criptomoeda pode atingir o valor de US$10 mil até o final do ano, o que representa mais uma queda de 50%.
Além do Bitcoin, a semana também foi boa para o Ethereum. A segunda maior criptomoeda do mundo também operou em alta, subindo cerca de 10% na semana. A cotação foi favorecida pela alta da bolsa americana, um maior temor com os mercados emergentes e a correção das bolsas, que operaram em forte queda até aqui no ano.
Foto: Reprodução
É hora de investir nas criptomoedas?
O momento ainda é de muita incerteza na economia global. Nessa semana, o mercado começou com rumores de que os Estados Unidos devem entrar em recessão e, com isso, os ativos de renda variável sofreriam bastante. Além disso, a alta dos juros fez com que a bolsa brasileira operasse em queda, incentivando a alta do dólar.
Por conta de todo esse risco, especialistas acreditam que a bolsa brasileira está barata e que deve subir bastante nos próximos anos. Contudo, isso não é verdade para as criptomoedas, dado que elas carregam muita incerteza, alta volatilidade e dependem muito do mercado americano. Por isso, caso o país entre em recessão, de fato, o Bitcoin também deve sofrer.
Dessa forma, a recomendação é investir pouco nas criptomoedas. Além disso, compre Bitcoin e outras moedas apenas se você aguentar quedas ainda maiores, dado que nada impede que esses ativos corrijam ainda mais os valores. Especialistas sugerem que as criptomoedas não devem representar mais que 5% de uma carteira de investimentos. Qualquer percentual acima disso traz muito risco para a carteira, que deve prezar pela alta diversificação e pela mistura de renda fixa com renda variável.
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