BC revisa projeções e diz que inflação pode cumprir meta em 2022
O Banco Central (BC) revisou suas projeções para a inflação no Brasil em 2022. Após admitir oficialmente no final de junho que a inflação iria estourar a meta neste ano, a entidade financeira voltou atrás e mudou seu posicionamento.
Há três meses, o BC havia projetado uma inflação de 8,8% no Brasil em 2022. Contudo, a entidade agora estima que a taxa inflacionária fique em 5,8% neste ano. Aliás, a instituição também afirmou que há 7% de chance de a inflação cumprir a meta no ano.
Em resumo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é responsável por definir a meta da inflação no Brasil. Para 2022, a meta central ficou em 3,5%, mas o país irá cumpri-la caso a taxa oscile entre 2% e 5%. Isso porque há um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Embora ainda haja 93% de chance de estouro da meta, o destaque dessa nova projeção é a chance, apesar de pequena, de a taxa inflacionária ficar na meta. Até porque a inflação reflete o aumento dos preços de bens e serviços no país, ou seja, quanto mais alta, mais elevado o custo de vida.
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Projeção para a inflação recua após corte de impostos
Desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei federal que limita a cobrança do ICMS sobre diversos itens, no final de junho, os seus preços passaram a cair significativamente no país. O principal exemplo é a gasolina, que fica mais barata a cada semana que passa.
A saber, a lei não beneficiou apenas a gasolina. Na verdade, a lei complementar passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:
Combustíveis;
Energia elétrica;
Gás natural;
Telecomunicações;
Transporte coletivo.
De acordo com o IBGE, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, caiu nos dois últimos meses devido à redução da alíquota do ICMS. Entre os itens que tiveram o ICMS limitado, os principais recuos em agosto vieram dos combustíveis:
Etanol: -10,10%;
Gasolina: -9,78%;
Óleo diesel: -5,40%.
Em síntese, os combustíveis exercem um impacto muito forte no índice que calcula a inflação no país. Como os impostos relacionados a estes itens estão menores, os seus preços tendem a cair. E isso puxa a taxa inflacionária para baixo no país.
A revisão das projeções do BC acontece após a divulgação dos primeiros impactos que a lei federal vem provocando na inflação do país.
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