Banco Central diz que inflação deve ficar acima da meta em 2023

O Banco Central divulgou uma nota ao mercado. Isso porque a inflação brasileira fechou em 5,79% em 2022, acima da meta e do teto da meta, definidos no início do ano passado. Além de explicar os fatores que prejudicaram a economia no ano passado, a entidade fez previsões não tão boas para 2023. Segundo o BC, a inflação deverá seguir acima da meta neste ano.

Por isso, hoje vamos entender o que aconteceu com a economia brasileira e como a inflação afeta a vida de todos os brasileiros.

Banco Central não conseguiu cumprir a meta

Todos os anos, o Governo Federal estipula uma meta de inflação. Em 2022, a inflação buscada foi de 3,5%. Contudo, o percentual tem a aceitação de bandas, que flutuam de 1,5% a mais e a menos. Com isso, é aceitável que a inflação feche entre 2% e 5%. Esse mesmo intervalo de valores é o estipulado para este ano. Cabe ao Banco Central tentar controlar a inflação.

Para isso, a entidade usa o aumento e a redução da taxa de juros. Em 2022, o aumento da Selic foi grande. Em janeiro, a taxa básica de juros era de 9,25%. Atualmente, a taxa está em 13,75%, uma das maiores da série histórica. Na prática, o aumento dos juros esfriam a economia, que faz com que os preços diminuam, segurando a inflação.

Contudo, mesmo com os esforços da Selic, a inflação de 2022 fechou acima da meta e do teto da meta. O IPCA de dezembro, que subiu 0,62%, fez com que o ano fechasse com um aumento geral de preços em 5,79%. Esse é o segundo ano consecutivo que a economia brasileira não consegue respeitar a meta da inflação. Em nota, o Banco Central disse que o reajuste salarial com o percentual da inflação de 2021 e o aumento do preço das commodities prejudicaram a economia brasileira em 2022.

(Imagem: Reprodução / Agência Brasil).

Inflação deve permanecer em 2023

Além disso, o relatório do Banco Central afirma que, em 2023, a inflação deve ficar acima da meta de 3,5%. Segundo a nota, a volta dos tributos federais a alguns produtos contribuirá para o aumento de preços. A fala vem depois da vontade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de voltar com o PIS e o Cofins nos combustíveis. Contudo, a isenção foi estendida por mais 60 dias.

Por isso, especialistas dizem que, diante do relatório do Banco Central, é preciso cuidar ainda mais das finanças pessoais. Isso porque o aumento de preços pressiona principalmente os mais pobres, que possuem orçamento apertado. Com isso, é preciso ter uma organização financeira rígida para entender onde cortar gastos.

Estudos mostram que a inflação, combatida pelo Banco Central, aumenta a desigualdade, o desemprego e os índices de fome no país. Por isso, a previsão de uma inflação em 4,90%, aproximadamente, em 2023, preocupa. Apesar disso, especialistas dizem que o salário médio do trabalhador precisa aumentar neste ano, para que a situação financeira das famílias melhore.

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