Banco Central autoriza que transações via Pix sejam taxadas; Confira
Ao contrário do que muitos acreditam, o Pix não é gratuito em todos os casos, inclusive para transações de CNPJ. Isso porque, o Banco Central (BC) permite que as instituições financeiras façam cobranças em determinadas situações, como:
Transferência por atendimento presencial ou telefônico;
Receber mais de 30 transferências via Pix por mês;
Receber a partir de um QR Code dinâmico;
Receber a partir de um QR Code de pessoa jurídica; ou
Receber em uma conta definida em contrato como de uso exclusivo comercial.
Portanto, empresas podem ser cobradas tanto para fazer quanto para receber um Pix. Além disso, o BC não definiu um limite para a taxa de cobrança, ficando a critério de cada banco.
Conheça os bancos que cobram ao fazer ou receber um Pix
Veja a lista abaixo, segundo o UOL:
Banco do Brasil
Envio de Pix: 0,99% do valor transferido (mínimo R$ 1, máximo de R$ 10);
Recebimento de Pix: 0,99% do valor recebido (máximo de R$ 140).
Bradesco
Envio de Pix: 1,4% do valor transferido (mínimo R$ 1,65, máximo de R$ 9);
Recebimento de Pix: 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,90, máximo de R$ 145).
Itaú Unibanco
Envio de Pix: 1,45% do valor transferido (mínimo R$ 1,75, máximo de R$ 9,60);
Recebimento de Pix: 1,3% do valor recebido (máximo de R$ 150).
Santander
Envio de Pix: 1,4% do valor transferido (mínimo R$ 1,75, máximo de R$ 9,60);
Recebimento de Pix via QR code estático ou dinâmico: R$ 6,54;
Recebimento de Pix via Checkout ou GetNet: 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,95).
Outras instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal, Nubank e PagBank PagSeguro não cobram as transações via Pix para pessoas físicas ou jurídicas.
Nova modalidade do Pix competirá com cartões de crédito
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que em breve os brasileiros contarão com uma nova modalidade do Pix. Em reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos, e com a diretoria da Federação das indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro afirmou que pretende liberar a novidade no primeiro semestre do ano.
Na prática, o crédito via Pix será o novo concorrente dos cartões dos bancos. Segundo Haddad, o recurso pode baratear os custos do crédito no país, no entanto, o ministro não esclareceu questões quanto ao funcionamento do novo produto ou incidência de taxas, por exemplo.
“Em meados do ano, o Pix vai virar instrumento de crédito também. O que vai baratear muito o crédito no Brasil, porque o Pix vai ser utilizado para crédito. Está na agenda do BC. Isso vai ser lançado ainda neste ano. Quem sabe, aí no meio do ano?”, disse Haddad durante a reunião.