Banco Central aumenta combate a contas fantasmas, diz Campos Neto

O Banco Central (BC) continua atuando no combate a contas fantasmas. De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, essa ação é muito importante para aumentar a segurança dos usuários do sistema financeiro brasileiro.

Além disso, Campos Neto explicou que o combate às contas fraudulentas também ajudam a tornar o sistema financeiro do país mais digitalizado. Dessa forma, os usuários acabam se beneficiando com um sistema mais prático e seguro.

“Aumentamos muito o trabalho com bancos para eliminarmos esse tipo de conta”, disse o presidente do Banco Central.

A saber, estas contas laranjas ou fantasmas são abertas por criminosos para movimentarem dinheiro obtido ilicitamente. Com isso, eles conseguem adquirir produtos e serviços através de contas abertas em nomes de outras pessoas.

“As operações digitais são mais rastreáveis. Onde está o elo fraco [do sistema]? Nas contas laranja, de aluguel”, explicou Campos Neto.

As declarações do presidente do BC ocorreram durante um seminário sobre segurança e proteção de dados no mundo digital, promovido pelo portal Poder 360.

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Entenda como as contas são rastreadas

Segundo Campos Neto, a atuação do Banco Central no combate a estas contas são muito positivas para os usuários. Aliás, ele afirmou que a entidade financeira está trabalhando para tornar as operações digitais cada vez mais “rastreáveis”.

“Se as contas forem todas monitoradas, melhoramos o processo como um todo. Quando a gente diz que há fraude no Pix, por exemplo, é porque alguém transferiu dinheiro de uma conta para outra. Só que esta transferência é rastreável. Logo, ou a pessoa que cometeu o roubo, a fraude, transferiu [a quantia] para a sua própria conta – o que é fácil de ser detectado – ou ela transferiu para uma conta laranja”, disse.

“Os bancos já investem muito em cibersegurança e as estatísticas demonstram que o sistema já é seguro, mas a digitalização cresce, hoje, quase que exponencialmente”, afirmou Campos Neto.

“Achar que não existem links, conexão, entre o que está fora e dentro da regulação é um erro. Se tivermos um problema de cibersegurança em um ambiente fora da regulação, de grandes proporções, ele afeta a liquidez do sistema e, logo, a parte regulada”, alertou o presidente do Banco Central.

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