Auxílio Brasil: como ficará o benefício após as eleições?
Com a chegada das eleições, muitos beneficiários ouvirão diferentes propostas para melhorar, mudar ou até mesmo acabar com o Auxílio Brasil. Nesses momentos, quem mais precisa do valor fica tenso, principalmente porque pode ver a sua principal fonte de renda ir embora. Contudo, é preciso analisar, de fato, o que vai acontecer com o benefício após as eleições.
Para isso, analisamos as falas dos candidatos à presidência, em especial Lula e Bolsonaro, que lideram nas pesquisas. Além disso, vamos mostrar a posição do candidato Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar na pesquisa DataFolha, realizada em 28 de julho.
O Auxílio Brasil é previsto em lei
Antes de falar o posicionamento de qualquer candidato, é preciso lembrar que o Auxílio Brasil é garantido pela lei do Brasil. Por isso, para mudar qualquer coisa no programa, é preciso que a Câmara dos Deputados e o Senado aprovem, juntos, a modificação. Além disso, o presidente precisa sancionar a lei. Dessa forma, não é tão simples mudar o benefício.
Com isso, especialistas garantem que não há chance de o Auxílio Brasil acabar, de fato. Caso isso aconteça, o Governo Federal deverá propor um novo auxílio na lei, como foi o caso da troca do Bolsa Família para o atual programa. Além disso, a transferência de renda é uma das obrigações do país, dado que consta na Constituição brasileira.
O que pode mudar, porém, é o valor. Anteriormente, o Bolsa Família pagava um valor médio de R$190 para os cidadãos. Com a chegada do Auxílio Brasil, o valor foi para R$400,00 e, mais recentemente, para R$600,00. Nesse ponto, os candidatos à presidência divergem quanto aos fatos e ao futuro dos valores.
O que dizem Bolsonaro e Lula sobre o Auxílio Brasil. Foto: Correio Braziliense
Como se posicionam Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes?
O ex-presidente Lula é um dos principais impulsionadores dos programas de transferência de renda no país. Quando o Auxílio Brasil foi criado, o ex-presidente propôs, desde o início, que o valor fosse de R$600,00. Com isso, especialistas acreditam fortemente que, caso seja eleito, ele manterá os valores atuais por prazo indeterminado.
O mesmo acontece com Bolsonaro. Isso porque o candidato à reeleição aumentou o valor do benefício duas vezes e agora diz que pretende manter o valor pelo menos durante o ano de 2023. O presidente afirma que a situação fiscal do país permite que o valor da renda seja aumentado. Além disso, essa medida deu um bom ganho de popularidade ao presidente, que também aprovou uma série de outros benefícios, como o vale-gás integral, o Auxílio Caminhoneiro e o Auxílio Taxista.
Por último, Ciro Gomes defende que o Auxílio Brasil se torne uma renda universal mínima no valor de R$1.000. Dessa forma, todos os brasileiros passariam a receber o valor, seguindo critérios não revelados pelo candidato. Segundo Ciro, o valor geraria um impacto de R$170 bilhões nas contas públicas, que seriam cobertas pela unificação de todos os auxílios do governo, além de uma nova incidência de impostos sobre os ricos, que, segundo ele, são aquelas pessoas que possuem mais de R$20 milhões.
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