AUXÍLIO BRASIL com valor menor do que R$600? “Desumano”, diz um dos candidatos
A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, voltou a dar a sua opinião sobre o Auxílio Brasil. De acordo com a senadora, diminuir o valor do programa em um contexto de aumento da fome, seria um ato “desumano”. Ela voltou a prometer que, em caso de vitória nas urnas, vai manter o valor de R$ 600 do benefício.
“Os R$ 600 estão aí e ninguém vai tirar. Seria desumano. Há dinheiro para isso, ainda que, no ano que vem, excepcionalmente, a gente tenha, como vai ser feito, que criar um crédito extraordinário para isso. Vai ser votado neste ano, então está resolvido o problema”, disse ela, quando perguntada sobre o assunto.
Tebet participa nesta semana de uma espécie de tour pelos estados do Nordeste. Na quarta-feira (14), ela esteve no Recife, na quinta-feira (15), ela cumpre agenda no Ceará e na sexta-feira (16), deve visitar o Maranhão. Em quase todos os seus discursos, a candidata volta a falar sobre o valor do programa Auxílio Brasil do Governo Federal.
Informações do Ministério da Cidadania dão conta de que o Auxílio Brasil do poder executivo faz pagamentos mensais de R$ 600 por família. Contudo, a proposta de orçamento enviada pelo Planalto ao Congresso Nacional indica que os repasses poderiam passar a ser de R$ 405 já a parir do próximo mês de janeiro de 2023.
Em entrevistas, membros do Governo tentam acalmar a população. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma que o valor será mantido, e que poderá alterar as informações que estão mantidas no plano de orçamento. De toda forma, hoje não há nenhum indicativo oficial de continuidade dos pagamentos turbinados do programa.
Outros candidatos
Simone Tebet, no entanto, não é a única que afirma que poderá manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 este ano. Outros candidatos que disputam a presidência também indicam que poderão manter o patamar.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, declara que poderá manter o valor neste patamar e ainda pagar um adicional de R$ 200 para os usuários que conseguirem um emprego formal enquanto estão dentro do benefício.
O ex-presidente Lula (PT) diz que manterá o valor de R$ 600, além do pagamentos de um adicional de R$ 150 por crianças menores de seis anos de idade. Ele ainda promete dobrar o patamar para as mães solo.
Ciro Gomes (PDT), afirma que vai criar uma renda básica permanente no valor de R$ 1 mil por família. O candidato disse ainda que pretende aplicar uma política de aumento real do salário mínimo, e não apenas sobre inflação.
Paternidade do Auxílio
Durante um evento no Rio de Janeiro, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que várias pessoas estão querendo pegar a paternidade do Auxílio Brasil. Entretanto, ele disse que quem produziu o programa foi o governo Bolsonaro.
“Vamos (manter o valor), tem dinheiro”, afirmou. “A definição do valor do Auxílio Emergencial é cheia de pais, mas sabemos quem foi a mãe. Fomos nós que desenvolvemos”, disse ele ao público.