Auxílio: afinal, quais partidos votaram contra o aumento?
A campanha eleitoral já começou, e com ela muitas informações desencontradas já começaram a circular. Alguns candidatos acusam determinados partidos de terem votado contra o aumento no valor do Auxílio Brasil. Nesta semana, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o PT foi contrário ao tema. O partido do ex-presidente Lula nega.
Mas afinal, quem está dizendo a verdade? De acordo com informações oficiais, o governo do presidente Jair Bolsonaro não teve muitas dificuldades para aprovar a chamada PEC dos Benefícios no Congresso Nacional. Tanto na Câmara como no Senado, o governo contou com o apoio dos mais variados partidos de oposição, como o PT.
Na Câmara dos Deputados, por exemplo, a grande maioria do partido votou pela aprovação do texto. O PT contou com 48 votos favoráveis ao texto, 7 ausências e apenas um voto contra. O voto contrário foi do deputado Frei Anastácio Ribeiro, que contrariou a indicação do partido argumentando que o aumento tinha caráter eleitoral.
No debate realizado pela TV Bandeirantes no último domingo (28), o presidente disse que se referia ao texto da PEC dos Precatórios. Entretanto, algumas ponderações precisam ser feitas diante desta informação. Tal PEC foi aprovada ainda no final do ano passado, e ao contrário da PEC dos Benefícios, não previa apenas a manutenção do auxílio.
O documento também previa o parcelamento das dívidas da União com estados, municípios e pessoas físicas. Na ocasião, o líder da oposição, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que não aprovaria o texto, mas indicou que queria aprovar apenas o aumento do Auxílio. De todo modo, a maioria do PDT votou pela aprovação do texto na Câmara e a maioria do PT votou pelo texto no Senado.
Continuidade
Outro ponto que está causando muita polêmica na campanha eleitoral é a questão da continuidade do programa. Bolsonaro diz que o valor de R$ 600 está mantido para o próximo ano. O ex-presidente Lula nega e diz que o aumento vai chegar ao fim em dezembro.
Oficialmente falando, o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 só está garantido mesmo até o final deste ano de 2022. Para 2023, ainda não há nenhum documento que comprove que os repasses seguirão neste saldo turbinado.
De todo modo, também é verdade que o benefício poderá voltar a ser de R$ 600, caso o presidente decida realizar tal manobra. Analistas econômicos indicam que será preciso apresentar uma nova fonte de custeio para manter o patamar.
Cartões do Auxílio
Mais de 500 mil novos cartões do Auxílio Brasil do Governo Federal estão em produção agora. A informação foi confirmada pelo Ministério da Cidadania, pasta responsável pelos repasses do benefício. Os novos dispositivos serão enviados pelos Correios no endereço das famílias que fazem parte do projeto social.
Neste momento inicial, o Governo segue com a lógica de entregar os novos cartões apenas para as pessoas que entraram no benefício entre novembro do ano passado e agosto de 2022. Os mais de 2,2 milhões de usuários que entraram no projeto nesta última liberação também deverão receber o novo dispositivo do programa social.
Não é necessário realizar a solicitação para receber o novo cartão. Relatos de agentes sociais indicam que muitas pessoas estão indo aos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) para pegar o dispositivo. Contudo, o processo de entrega está acontecendo de maneira direta no endereço que o cidadão registrou no seu Cadúnico.