Aumento do emprego se concentra em vagas de baixa escolaridade
Os dados mais recentes mostram que o mercado de trabalho brasileiro está se recuperando. A taxa de desemprego vem caindo a cada atualização, enquanto a criação de vagas de emprego está crescendo no país. Contudo, há um fator de preocupação nesse cenário.
De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta do emprego no país está se concentrando em vagas de baixa escolaridade. Isso quer dizer que há uma precarização do mercado de trabalho brasileiro.
Em resumo, os empregadores vêm oferecendo mais vagas que exigem menor grau de escolaridade. Dessa forma, o salário pago por estes trabalhos também é menor.
“Revela um mercado de trabalho empobrecido e com poucas perspectivas de ascensão para os trabalhadores”, explicou o Dieese.
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Trabalhadores de menor escolaridade se destacam
Segundo o levantamento, houve um crescimento de 9,9% no número de pessoas ocupadas no país entre o segundo trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022. A média nacional superou em muito a taxa de avanço das pessoas com o ensino superior completo, mas ficou bem abaixo daquelas que não tinham instrução.
Veja a seguir a variação do número de pessoas ocupadas no período:
Superior completo: 3,6%;
Superior incompleto: 6,1%;
Médio completo: 12,5%;
Médio incompleto: 14%;
Fundamental completo: 8,5%;
Fundamental incompleto: 11,6%;
Sem instrução e menos de 1 ano de estudo: 31,4%.
A saber, o levantamento utilizou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE. Em suma, a pesquisa mostrou que o número de pessoas ocupadas no Brasil cresceu 9,9% entre o segundo trimestre de 2021 e o de 2022.
No período, o grupamento ocupacional de trabalhadores dos serviços e vendedores dos comércios e mercados teve um crescimento de 17,9% no número de vagas criadas. Em seguida, ficaram as funções de operadores de instalações e máquinas e montadores, com uma alta de 15,8%.
Por outro lado, o crescimento do número de pessoas ocupadas nas funções de diretores e gerentes cresceu apenas 3% na comparação anual. Entre os profissionais das ciências e intelectuais, a alta foi semelhante, de 3,4%. Em geral, estas funções exigem diploma de nível superior, segundo o Dieese.
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