O aumento da conta de luz, que já era esperado para 2023, pode ficar ainda mais pesado para os consumidores.
Isso porque a Aneel aprovou aumentos que podem chegar a 36% em alguns locais. E se você quiser entender melhor o porquê desse aumento tão expressivo, além de outros detalhes, é só continuar lendo até o final, pois vamos te contar tudo.
Aumento da conta de luz, entenda
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou aumentos nas tarifas das distribuidoras brasileiras que podem chegar a 36%.
A aprovação da autarquia para reajustes tão significativos se deve, na maioria, aos custos herdados de 2021 e também ao crescimento no valor dos tributos e encargos.
No segundo semestre de 2021, 10 dos 26 estados da federação aplicaram reajustes de mais de 10% em suas tarifas. Só para você ter uma ideia, a Enel, distribuidora de energia do estado de Goiás, subiu 16,45% o valor das contas de luz de seus clientes.
Em contrapartida, em 2022, 16 dos estados reajustaram as cobranças em um percentual acima de 2 dígitos. Sendo que 10 delas subiram mais de 20% suas tarifas.
Aumento da conta de luz – Reprodução Canva
Distribuidora campeã de aumento
A companhia elétrica campeã de reajuste mais alto foi a Equatorial, do Amapá, que teve um aumento médio de 36,08% aprovado pela Aneel. Segundo o órgão, esse aumento se deve principalmente à CVA Energia. Ou seja, à conta de compensação da variação dos custos de compra de energia, responsável por 14,4% do aumento.
Além disso, foi retirado o diferimento financeiro de 2021, que havia evitado um aumento de 21,5% na ocasião.
Agora, sem essa compensação, o consumidor deve sentir no bolso o impacto do reajuste.
Além disso, segundo responsáveis pela Equatorial Amapá, sem o empréstimo da Conta de Escassez Hídrica, ajuda dada pelo governo federal às companhias elétricas em 2021, esse aumento poderia ser ainda maior.
Desse modo, podemos ver que a compensação financeira ajudou a segurar o preço das tarifas de energia no ano passado. O que não deve acontecer no próximo ano.
No caso do Amapá, os parlamentares recorreram à Justiça para tentar impedir o reajuste de 36,08% anunciado para o ano que vem. Na ação apresentada por eles, o aumento é considerado abusivo e deve impactar mais de 120 mil famílias.
Impacto para a sociedade
Apesar de a conta de luz ser uma das principais despesas nos lares brasileiros, o IPCA não deve ser atingido pelos reajustes nas contas de luz, pelo menos não oficialmente.
Isso porque a maioria das distribuidoras com aumentos mais expressivos atuam em regiões metropolitanas, onde seus serviços não se aplicam à seção “energia elétrica residencial”.
Desse modo, a subida nos preços das tarifas não poderá apurar pelo IBGE, responsável por medir a inflação.
De qualquer forma, os valores mais altos nas contas de luz devem causar um grande impacto no orçamento das famílias brasileiras, em especial das mais carentes.
Sendo assim, agora que você já sabe mais sobre o aumento da conta de luz em 2023, comece a economizar energia elétrica para não levar sustos no final do mês!
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