Afeganistão e a economia internacional: como fica?

Um novo capítulo na escalada de tensões entre China e Estados Unidos surgiu após a crise do Afeganistão.

Além da crise humanitária na região, os atuais combates e protestos na região sinalizam uma intervenção internacional na economia do país árabe.

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A economia do Afeganistão

Dependente do setor da agricultura e da mineração, a economia do Afeganistão é prejudicada principalmente pela questão política.

A falta de um governo sólido, a fragilidade das instituições nacionais e a falta histórica de um plano de governo deixam o país sem rumo.

Os afegãos vivem em um país pobre, com US$19 bilhões de Produto Interno Bruno, segundo o Banco Mundial. Além disso, pesquisas mostram que mais da metade da população vive abaixo da linha da pobreza.

A retirada das tropas e a disputa econômica

A retirada das tropas americanas do Afeganistão mostra uma clara derrota para os interesses americanos na região. Resultado de um longo processo de intervenção, o controle americano às instituições do país chegou ao fim após os governos de Donald Trump e Joe Biden.

Logo após o episódio, China e Rússia declararam apoio ao Talibã e ao controle do país pelo grupo terrorista. Decorrente dos embates econômicos entre as duas grandes potências mundiais, agora o Afeganistão será visto com outros olhos pelos chineses, que buscarão investir e intervir na área de mineração do país.

O setor primário é altamente valorizado pelos chineses, principalmente para abastecer e fomentar sua indústria nacional siderúrgica, que produz aproximadamente a metade do aço do mundo.

Enquanto isso, os Estados Unidos continuarão a sua política intervencionista em outros países com maior potencial econômico, principalmente Israel e Irã, no Oriente Médio.

O impacto nas bolsas de valores

Mesmo que seja um país fora dos grandes centros econômicos, as bolsas do mundo afora sentiram a crise no Afeganistão.

Devido às ações do governo americano, a popularidade do presidente caiu após a retirada das tropas. Isso impacta principalmente as pautas caras ao governo, que tramitam no Congresso americano. Sendo mal visto, o presidente tende a perder chances em grandes pacotes que foram promessas de campanha, como o pacote trilionário para investir em infraestrutura.

Do outro lado, o preço do petróleo Brent caiu nos dias após o início da crise. Por isso, empresas como a Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3) podem ter um cenário de lucros abalados no curto prazo, mesmo que isso não signifique uma crise duradoura.

Enquanto isso, a China já pensa em colocar dinheiro na economia afegã para explorar a mineração do país, tendo em vista abastecer a produção de chapas de ferro, que servem para a indústria civil e metalúrgica, principalmente.

Além disso, a volatilidade deve pairar sobre os mercados emergentes, como o Brasil, devido ao cenário internacional. A busca por estabilidades políticas leva os investidores a colocar dinheiro em mercados mais calmos, mesmo que isso represente retornos menores.

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Futuro

Apesar a disputa internacional, o Afeganistão terá anos incertos pela frente. A organização social sofrerá grande impacto e a Sharia deve ser duramente implementada pelo Talibã.

Apelos internacionais chegam diariamente.

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