Aulas presenciais serão obrigatórias em São Paulo
A Secretaria de Educação do estado de São Paulo afirmou que as aulas presenciais serão obrigatórias a partir de segunda-feira, 18. A volta terá protocolos graduais de volta.
A medida vale para as escolas públicas e privadas do estado, que usarão o sistema de rodízio em um primeiro momento.
O que foi dito?
A retomada obrigatória às aulas presenciais ocorrerá a partir da próxima segunda-feira, 18. Na entrevista coletiva desse início de tarde, o governador João Dória usou dados da pandemia para justificar.
Segundo ele, o estado de São Paulo é o que mais vacina, que lidera a vacinação na primeira e segunda doses, e na dose de reforço. Ele afirma que os indicadores sobre a covid estão em queda, o que viabilizaria a volta às aulas.
Todos os protocolos, como distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel, serão mantidos até o fim do mês de outubro. Isso porque a partir do dia 1° de novembro, o distanciamento deixará de ser obrigatório. Ainda, após 3 de novembro, todos os jovens devem voltar à escola. Porém, obrigatoriedade das máscaras seguirá.
Segundo o secretário da educação do estado, Rossieli Soares, o governo apresentou uma proposta em junho de 2020 a primeira proposta de retorno, que entrou em vigor em setembro do ano passado, com o retorno facultativo dos alunos. Segundo ele, a pasta vem aprendendo desde então como fazer uma volta às aulas segura.
O secretário ainda disse que 97% dos profissionais da educação estão com o esquema vacinal completo. Por outro lado, 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos tomaram a primeira dose.
Como vai funcionar?
A partir do dia 18 de outubro, a presença em sala deaula será obrigatória, seguindo todos os protocolos de distanciamento de um metro. Na rede privada, haverá um prazo de adaptação. Contudo, para as redes municipais, cada conselho deverá orientar suas respectivas escolas. Em outubro, haverá também o revezamento de alunos, conforme escalas escolares.
Porém, para o mês de novembro, o Governo do Estado de São Paulo retirará todas as medidas de segurança, o que resulta em uma “normalidade”. Não são obrigados a voltar estudantes gestantes e puérperas, jovens com comorbidades ou com menos de 12 anos que pertençam a grupo de risco, pois ainda não há vacina para esse último grupo.
O secretário afirmou que uma série de alunos apresentou déficit de aprendizagem, problema psicológicos, como depressão e ansiedade. “Nunca foi visto o que está sendo visto no mundo com essa geração”, afirmou.
Primeiro estado a fazer isso
O estado de São Paulo é o primeiro a tornar obrigatório o retorno dos alunos. E isso não é novidade, pois o estado parece se adiantar a todas as medidas dadas pelo Governo Federal.
Quando da dose de reforço, o Governo Federal, iniciou no dia 15 de setembro, enquanto São Paulo o fez desde antes, nos primeiros dias do mês. Isso porque Dória se vê como o guardião da vacinação no país e busca sempre “superar” o Governo Federal.
Por isso, para muitos críticos, o governador é “marketeiro” e não pensa apenas no bem-estar da população.