Dieese revela qual capital teve a cesta básica MAIS CARA do país

A cesta básica ficou mais barata na maioria dos locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em setembro, repetindo os bons resultados observados nos meses anteriores. Com isso, os brasileiros conseguiram economizar um pouco para comprar alimentos em boa parte do país no mês passado.

De acordo com o Dieese, os preços da cesta básica subiram em apenas três locais: Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%). Estes resultados, somados às quedas dos preços nos demais locais, fizeram uma nova capital assumir o posto nacional de cesta básica mais cara do país.

Entre janeiro e junho, São Paulo teve a cesta mais salgada do Brasil. Isso mudou em julho, com Porto Alegre assumindo a posição e apresentando o maior valor do país. A capital gaúcha permaneceu no primeiro lugar em agosto, mas perdeu o posto agora em setembro, mostrando que os valores estão elevados em várias partes do Brasil.

Qual capital teve a cesta básica mais cara em setembro?

No mês passado, Vitória e Natal tiveram altas firmes nos valores da cesta básica. Contudo, foi Florianópolis, que apresentou uma alta bem mais tímida, que superou Porto Alegre e São Paulo e assumiu a primeira posição nacional de preços elevados.

Em suma, a cesta básica de Florianópolis foi a mais cara do Brasil em setembro, posição que assumiu pela primeira vez em 2023. O leve aumento dos preços na capital catarinense foi suficiente para fazê-la ultrapassar as outras duas capitais, cujos preços caíram no mês passado.

Florianópolis teve a cesta básica mais cara do Brasil em setembro
Florianópolis teve a cesta básica mais cara do Brasil em setembro. Imagem: Agência Brasil.

Maiores valores do país

Veja abaixo as cestas básicas mais caras do país em agosto:


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  1. Florianópolis – R$ 747,64;
  2. Porto Alegre – R$ 741,71;
  3. São Paulo – R$ 734,77;
  4. Rio de Janeiro: R$ 719,92.

Cabe salientar que, em agosto, Porto Alegre estava na primeira posição, seguida de perto por São Paulo. Já Florianópolis aparecia no terceiro lugar do ranking, mas as variações dos preços registradas em setembro fizeram a capital gaúcha subir para o primeiro lugar.

Além disso, vale destacar que as quatro capitais com as cestas básicas mais caras do país foram os únicos locais cujos valores superaram a marca de R$ 700. Em todas as demais capitais, os valores ficaram abaixo dessa faixa, cm algumas delas apresentando preços até mesmo inferiores a R$ 600, para alegria dos consumidores.

Cestas mais baratas do país vêm do Nordeste

De acordo com o Dieese, a composição da cesta básica no Nordeste é diferente dos demais locais. Por isso, os menores valores do país em setembro foram registrados em capitais nordestinas, assim como ocorre todos os meses. Confira os menores valores do país no mês passado:

  • Aracaju – R$ 532,34;
  • João Pessoa – R$ 562,60;
  • Recife – R$ 570,20;
  • Salvador – R$ 571,01;
  • Natal – R$ 598,99.

Entre as capitais nordestinas pesquisadas, apenas Fortaleza apresentou um valor superior a R$ 600. Na capital cearense, os consumidores tiveram que gastar R$ 640,48 para adquirir alimentos básicos em setembro.

Por outro lado, Aracaju teve a cesta básica mais barata do país em todos os meses de 2023. Isso quer dizer que os moradores da capital sergipana conseguiram economizar, gastando bem menos que os consumidores do Sul do país para adquirirem alimentos básicos neste ano.

Florianópolis x São Paulo

Embora São Paulo tenha caído para a terceira posição em setembro, a capital continua tendo uma importância fundamental no país. Em síntese, São Paulo figura como a cidade mais populosa do Brasil, com mais de 12 milhões de habitantes, e todas as variações de preços registradas no local afetam muitas pessoas.

Em setembro, os moradores de São Paulo tiveram que trabalhar 122 horas e 28 minutos para comprarem uma cesta básica. O tempo foi superior à média nacional (108 horas e 2 minutos), ficando atrás apenas do tempo de trabalho de Florianópolis (124 horas e 37 minutos) e Porto Alegre (123 horas e 37 minutos).

No acumulado de 2023, a cesta de São Paulo ficou 7,14% mais barata, aliviando um pouco o bolso dos consumidores. Já os moradores de Florianópolis tiveram uma redução mais tímida no período (- 2,80%), bem como os consumidores de Porto Alegre (-3,12%). Isso também explica a primeira posição da capital catarinense, ultrapassando as capitais gaúcha e paulista.

Produtos ficam mais baratos em São Paulo

O Dieese revelou que sete dos 13 produtos pesquisados ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram queda em seus valores:

  • Batata: -7,02%;
  • Feijão carioquinha: -6,84%;
  • Banana: -3,68%;
  • Carne bovina de primeira: -3,51%;
  • Leite Integral: -1,94%;
  • Óleo de Soja: -1,75%;
  • Manteiga: -1,47%.

Vale destacar a variação da batata, cujos preços caíram em nove dos dez locais pesquisados em setembro. A única exceção foi Vitória, onde o tubérculo ficou 5,26% mais caro. Em síntese, a maior oferta no varejo devido à safra de inverno reduziu os preços da batata na maior parte das capitais.

Por sua vez, o feijão carioquinha ficou mais barato em todas as capitais pesquisadas. “Os grãos colhidos na última safra abasteceram o mercado e a demanda foi menor, o que resultou em diminuição das cotações médias”, explicou o Dieese.

Por fim, apenas três produtos ficaram mais caros em São Paulo em setembro: arroz agulhinha (5,96%), tomate (4,49%) e café em pó (0,48%). Outros três itens não apresentaram variações em seus preços: açúcar refinado, farinha de trigo e pão francês.

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